Arquidiocese de Braga -

18 novembro 2020

O "Correio da Esperança" está de volta!

Fotografia

DACS

Até ao dia 18 de Dezembro pode escrever uma carta a um recluso.

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“O Correio da Esperança” já existe há seis anos nos Estabelecimentos Prisionais de Braga e Guimarães. Trata-se de uma iniciativa da Pastoral Penitenciária de Braga que pretende aproximar as pessoas da sociedade civil das pessoas privadas de liberdade através de correspondência escrita, por altura da época natalícia.

"Este projecto é dirigido a todas as pessoas que acreditam que um recluso é uma vida. O crime, um acontecimento nela. Que a marca. Que, muitas vezes é consequência dela. Mas que não a apaga. É ela, a vida inteira já vivida, que deve tornar-se em lugar de encontro", explica o Pe. João Torres, Coordenador da Pastoral Penitenciária de Braga.

Toda a articulação do trabalho é da responsabilidade deste Departamento da Pastoral Social e Mobilidade Humana da Arquidiocese de Braga, que mantém o anonimato de todos os envolvidos neste processo. Na carta ou postal não poderá existir nenhuma informação pessoal (morada, nome completo, dados pessoais /familiares) que possa identificar o remetente, devendo ter apenas ter o seu primeiro e/ou segundo nome.

Toda a correspondência deve ser enviada até ao dia 18 de Dezembro de 2020 para: Correio da Esperança, Casa do Abade de Priscos, Largo Pe. Artur Lopes dos Santos, 4705-562 Priscos – Braga.

O projecto existe há 6 anos e nos últimos têm participado muitas pessoas, desde grupos de jovens, a catequistas, catequizandos do 9º e 10º ano e alunos de escolas secundárias. Todos os Natsis são distribuídas mais de 200 cartas ou postais aos reclusos na noite de consoada. Até hoje já foram entregues mais de 1200 cartas aos reclusos.

"É um momento de partilha também para eles, pois muitos lêem as cartas ou postais uns dos outros. Há também alguns reclusos que respondem às palavras que lhes foram dirigidas. Escrever aos reclusos é um importante acto de solidariedade e assume um valor terapêutico autêntico, pois ajuda a quebrar o isolamento que existe na prisão. Ajuda a «saltar» para lá dos corredores longos e quadrados, do barulho das chaves e do som das portas de ferro que se abrem e fecham inúmeras vezes ao dia. Para um recluso, receber uma carta representa um «pedaço de liberdade» que contribui para fazer da prisão um lugar onde se pode permanecer humano. Por detrás de todo aquele barulho metálico e gritos confusos, naquelas celas, também há rostos, histórias, pessoas", conclui o sacerdote responsável.