Arquidiocese de Braga -
31 dezembro 2019
Liturgia
Balasar (Santa Eulália)
Santa Maria Mãe de Deus
EVANGELHO – Lc 2,16-21
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Lucas
Naquele tempo, os pastores dirigiram-se
apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura.
Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele
Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria
conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração. Os pastores
regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e
visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para
o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes
de ter sido concebido no seio materno.
Reflexão
Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de
evocações diversas, ainda que todas importantes. Celebra-se, em primeiro lugar,
a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a
figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projecto de Deus, nos
ofereceu Jesus, o nosso libertador. Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial
da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste
dia, se rezasse pela paz no mundo. Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do
ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus
que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em
plenitude.
As leituras que hoje nos são propostas
exploram, portanto, estas diversas coordenadas. Elas evocam esta multiplicidade
de temas e de celebrações.
Na primeira leitura, sublinha-se a
dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-se que a sua
bênção nos proporciona a vida em plenitude.
Na segunda leitura, a liturgia evoca,
outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para
os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É nessa
situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a
Deus e chamar-Lhe “abbá” (“papá”).
O Evangelho mostra como a chegada do
projecto libertador de Deus (que se tornou realidade plena no nosso mundo
através de Jesus) provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra
possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos,
também, a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de
Deus no meio dos homens.
Maria, a mulher que proporcionou o nosso
encontro com Jesus, é o modelo do crente que é sensível aos projectos de Deus,
que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus
no coração e que colabora com Deus na concretização do projecto divino de
salvação para o mundo. (portal dos
Dehonianos)
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