Arquidiocese de Braga -
28 novembro 2019
Neste Natal escreva a um recluso!
DACS
Projecto da Pastoral Penitenciária convida jovens a minimizar sofrimento de quem está sem liberdade.
“Um postal, uma esperança”: assim se chama o projecto da Pastoral Penitenciária de Braga, que quer aproximar os jovens dos reclusos que se encontram nos Estabelecimentos Prisionais de Braga e Guimarães através da troca de correspondência escrita na época Natalícia.
Cada jovem é convidado a escrever um postal de Natal a um recluso. A pastoral Penitenciária fornece os postais e o respectivo envelope, doados pela Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF).
A Pastoral convida assim grupos de jovens formais ou informais, catequistas, catequizandos, associações juvenis agrupamentos de Escuteiros, professores, alunos ou outros cidadãos a título pessoal a participar no projecto.
Será apenas necessário entrarem em contacto com a Pastoral Penitenciária de Braga e pedir informações pelo e-mail [email protected]. A entidade aconselha os escritores de postais a imaginarem-se como reclusos para que a empatia faça da missão bem sucedida.
Toda a correspondência deve ser enviada até ao dia 20 de Dezembro e nenhuma informação pessoal – quer de quem escreve, quer de quem lê – será divulgada.
O projecto
De acordo com a Pastoral Penitenciária, este projecto existe há cinco anos nos Estabelecimentos Prisionais de Braga e Guimarães com a designação “Correio da Esperança”.
Por altura do Natal são distribuídas mais de 200 cartas ou postais aos reclusos na noite de consoada. Até hoje já foram entregues cerca mais de mil cartas aos reclusos.
"É um momento de partilha também para eles, pois muitos lêem as cartas ou postais uns dos outros. Há também alguns reclusos que respondem às palavras que lhes foram dirigidas. Toda a articulação deste trabalho é da responsabilidade da Pastoral Penitenciária de Braga que mantém o anonimato quer de quem escreve, quer de quem lê", explica a Pastoral.
Os responsáveis afirmam ainda que a missão não passa pela condenação, mas sim pela salvação.
"Nisto a atitude evangélica vai mais longe que o simples gesto humanitário. Fazer alguma coisa para que a prisão seja diferente é o objectivo da Pastoral Penitenciária de Braga", realça o coordenador da Pastoral Penitenciária de Braga, o Padre João Torres.
Na opinião do sacerdote a Igreja não é indiferente ao sofrimento destas pessoas, procurando antes "ser uma porta aberta, onde se possa encontrar a esperança e a paz de Cristo" e sublinha que a sociedade civil deve unir-se à eclesial nesta missão.
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