Arquidiocese de Braga -
22 fevereiro 2018
Padroeira de Balasar - Santa Eulália
Balasar (Santa Eulália)
A padroeira de Balasar é Santa Eulália de Mérida. Esta Santa nasceu nesta cidade da antiga Lusitânia, no final do séc. II.
No ano de 304, o imperador Maximiano investiu uma dura perseguição aos cristãos. Ainda jovem, Eulália sentia um grande desejo de professar a sua fé em Jesus Cristo, ainda que isso lhe custasse a vida. Na verdade, ela própria dirigiu-se ao palácio do juiz em defesa da fé dos cristãos e, o Pretor, admirado pela sua coragem, entregou-a aos soldados para que a castigassem. Tentaram dissuadi-la e converte-la a outra religião mas em vão e, assim, foi levada para ser torturada. Com ferros em brasa, queimaram-lhe o corpo.
Eulália morreu em 304 e seu corpo repousa na Igreja de Mérida, onde sofreu o martírio.
Eis a transcrição do pároco, o Pe. Leopoldino acerca da padroeira:
«Sofreu o martírio na sua terra natal, aos 12 anos de idade, por confessar a fé de Cristo a quem muito amava, no tempo do Imperador Maximiano e presidente da província espanhola Daciano. Deixou o mundo e partiu para o Céu no ano 304.
O corpo desta Santa foi levado de Mérida para Oviedo, no oitavo século, para o livrarem dos insultos dos agarenos, conservando-se ainda hoje na igreja catedral, em um altar particular, levantado em sua honra e para sua veneração.
Há em Espanha muita devoção a esta Santa, tomando o seu nome muitas mulheres, especialmente nas províncias de Toledo e Andaluzia. E corrente que o rei D. Pelágio, restaurador da Espanha, dispôs que o sepultassem em uma igreja dedicada a esta Santa, chamada Santa Olalla da Velánia, por have-la invocado em seu favor em uma batalha com os mouros que venceu. Tendo o Rei dos Godos cercado Mérida, esta foi protegida por Santa Eulália, livrando-a de ser tomada, aparecendo em sonho ao Rei, a quem ordenou o levantamento do cerco.
Em Portugal houve, em tempos antigos, muita devoção a esta Santa, pequena na idade mas grande na santidade, como o comprovam cerca de 70 freguesias que a têm por orago e certos topónimos, como Ovaia, Vaia, Valha, Santoalha, Santalha, etc.»
Fonte: Boletim cultural da Póvoa de Varzim (vol. II; 1959)
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