Arquidiocese de Braga -

4 março 2017

Boletim 216 - I Domingo da Quaresma- Ano A - 05-03-2017

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Duarte Nuno Matos da Rocha

“Jesus jejua durante quarenta dias e é tentado”

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Quaresma: 1º Domingo

* Tomar consciência de que voltar-se para Deus passará por fazer deste Tempo Quaresmal um tempo de deserto, um espaço de paragem, reflexão e oração para não cedermos às diversas tentações do mundo.

* “Antes de dar início à Sua pregação, Jesus entrega-se à oração, uma atitude quaresmal; antes de se apresentar em público, vai para o deserto; antes de Se misturar com o povo, retira-se para a solidão. Antes de ir ao encontro dos homens, busca a intimidade do Seu Pai, que está no Céu” (Karl Rahner).

* O deserto é espaço de paragem obrigatória, de reflexão, oração, introspeção para quem quer fazer um caminho sério em direção à Páscoa, isto é, em direção a uma vida nova, livre das tentações, ou melhor, com força para se ir libertando das várias tentações com que se é confrontado diariamente. “Nem só de Pão vive o homem, mas de toda a palvara que sai da boca de Deus”

* Depois de 40 dias de desânimo, vagueando pelo deserto, o profeta Elias encontra Deus. Jonas, em nome de Deus, concede aos pecadores 40 dias para se converterem e mudarem de vida. Jesus está 40 dias no deserto e o jejum ajuda-O a sintonizar plenamente com o projeto de Deus.

* Só orando, refletindo, entrando no deserto do meu íntimo, é que me transformo ao ponto de me poder “voltar para Deus de todo o coração”, acolhendo-O na Sua Palavra, pois só assim perceberei que “nem só de pão vive o homem” (Evangelho). * S. Paulo refere na segunda leitura: “A Palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração”. Então, aproveitemos este Tempo Quaresmal para acolher e amar essa Palavra que está tão perto, dentro de nós.

* Por outro lado, a tentação de Jesus no Deserto não foi um acontecimento isolado, foi o começo de uma luta que se prolongará por toda a vida, atingindo o auge com a morte em Jerusalém.

* O Batismo não nos introduz num estado de segurança. É antes o começo de uma exigente caminhada, no decorrer da qual a nossa fidelidade a Deus é, muitas vezes, posta à prova. * Em Ano Mariano, somos precisamente convidados a refletir sobre a nossa fidelidade a Deus, sobre o “sim” à nossa vocação batismal, que implica acolher Deus de todo o coração, na Sua Palavra.

 


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