Arquidiocese de Braga -
3 janeiro 2017
Guterres na ONU: Paz é prioridade absoluta
DACS || Fotografia: RTP
António Guterres, antigo Primeiro-Ministro português e ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, iniciou no Domingo funções como secretário-geral da ONU.
No primeiro dia como Secretário-Geral da ONU, António Guterres desafiou todas as pessoas a fazerem da paz um desafio para 2017, superando as suas diferenças. O discurso foi gravado nas seis línguas da organização.
“Neste primeiro dia do ano, peço a todos que partilhem comigo um propósito de Ano Novo: façamos da paz a nossa prioridade. Façamos de 2017 um ano em que todos — cidadãos, governos, dirigentes — procurem superar as suas diferenças”, apelou.
O antigo primeiro-ministro português confessou ainda que há uma pergunta que lhe “assalta a consiciência”, nomeadamente a forma de “ajudar os milhões de seres humanos vítimas de conflitos e que sofrem enormemente em guerras que parecem não ter fim”.
“A paz deve ser nossa meta e nosso guia”, defendeu Guterres, pedindo a todos os cidadãos, governos e líderes que se esforcem para superar as diferenças.
“Seja através da solidariedade e da compaixão nas nossas vidas quotidianas, seja através do diálogo e do respeito independentemente das divergências políticas. Seja por via de um cessar-fogo num campo de batalha ou mediante entendimentos conseguidos à mesa de negociações para obter soluções políticas. A procura do bem supremo da paz deve ser o nosso objectivo e o nosso princípio orientador”, afirmou.
Ban Ki-Moon: “Muito obrigado”
Na hora da despedida, e apesar de ter feito vários discursos ao longo dos dez anos de mandato, o antecessor de António Guterres nas Nações Unidas, Ban Ki-Moon, disse que tinha apenas duas palavras a dirigir ao pessoal e delegações da ONU: “muito obrigado”.
“Agradeço o vosso trabalho árduo e liderança pela humanidade. Fui motivado por esse compromisso e estou orgulhoso de poder chamar-vos meus colegas. Foi um privilégio servir os povos do mundo. E foi uma honra servir convosco e com todos os nossos parceiros — incluindo os Estados Membros, a sociedade civil e muitos mais: muito obrigado.”
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