Arquidiocese de Braga -

12 julho 2016

Cardeal-patriarca revela "grande admiração" por Fernando Santos

Fotografia AFP

DACS

Para D. Manuel Clemente, o seleccionador nacional demonstrou "muita dignidade" ao longo da sua prestação na competição.

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O cardeal-patriarca de Lisboa manifestou “grande admiração” pelo seleccionador nacional de futebol, afirmando que a prestação da selecção no Euro 2016 se deveu “muito” ao trabalho do treinador.

D. Manuel Clemente sublinhou a “serenidade”, “consistência pessoal e também psicológica” de Fernando Santos, em declarações ao Patriarcado de Lisboa, citadas pela agência Ecclesia.

Para o cardeal-patriarca, o seleccionador revelou “muita dignidade, muita cortesia, sem nenhuma espécie de sobreposição a ninguém”. “Foi tudo muito bonito”, acrescentou.

A respeito da postura do seleccionador, o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) referiu ainda: “Ele já estava certo do resultado e essa certeza vem muito de dentro e passou para a equipa”.

D. Manuel Clemente classificou o esforço dos jogadores de “sobre-humano”, pelo grau de exigência “física” e “psíquica” a que estiveram sujeitos.

Para além dos jogadores da selecção portuguesa de futebol, o prelado saudou os desportistas de outras modalidades, como o atletismo, ressalvando o envolvimento de “um povo inteiro” neste tipo de competições.

“É uma maneira de escoar sentimentos que vêm ao de cima, exactamente esses que fazem de nós um povo”, destacou.

Referindo-se à "alma portuguesa", rematou: “Naquela selecção íamos nós todos, com certeza”.

 

Fernando Santos: um agradecimento divino

Após o jogo em que Portugal se sagrou campeão da Europa de futebol, Fernando Santos agradeceu e dedicou a conquista a Deus. 

"Em primeiro lugar e acima de tudo, quero agradecer a Deus Pai por este momento e tudo aquilo da minha vida", referiu na conferência de imprensa após a final do Euro 2016.

Lendo a carta que havia escrito semanas antes da selecção nacional vencer o europeu de futebol, confidenciou ainda: “Por último, mas em primeiro, quero ir falar com o meu maior amigo [Jesus Cristo] e sua mãe, dedicar-lhe esta conquista e agradecer por me ter convocado e por me ter concedido o dom da sabedoria, da perseverança e humildade para guiar esta equipa, com Ele a ter-me iluminado e guiado. Por tudo o que espero e desejo seja para glória de seu nome”.