Arquidiocese de Braga -
8 abril 2016
Português apoia educação de crianças em zonas de conflito
DACS
O primeiro projecto a ser financiado é a construção de um recreio numa escola do Líbano.
“A Book Can Change” é o nome da organização sem fins lucrativos criada pelo português José Figueiredo, de 27 anos, com o objectivo de aumentar o número de crianças que vão à escola nas zonas de conflito armado.
Os donativos recolhidos pela organização destinam-se a apoiar projectos como a construção de escolas, recreios escolares ou casas de banho, e a financiar o percurso escolar de alunos ou a formação de professores.
A primeira meta de José Figueiredo passa pela construção de um recreio numa escola em Bekaa Valley, no Líbano, junto à fronteira com a Síria, onde esteve em Dezembro de 2015. A conclusão está prevista para o início do próximo ano.
O primeiro passo para a execução dos projectos consiste em identificar uma região em conflito, bem como as organizações existentes no terreno que fornecem serviços educativos.
Assim que a “A Book Can Change” seleccione um projecto, vai ao local elaborar um documentário para promoção na plataforma online, onde cada pessoa poderá efectuar uma “doação directa”.
Angariado o dinheiro, segue-se a fase da construção, cuja duração, no caso de uma escola, será de nove meses. Terminada a construção, há uma nova visita para confirmação da execução do projecto e elaboração de um “relatório detalhado” destinado aos financiadores.
José Figueiredo viveu e trabalhou em vários continentes, tendo regressado a Portugal no final do ano passado com o objectivo de “lançar um projecto com impacto social”.
"A educação foi algo que sempre tive como garantido, nunca sequer pensei o que seria não ter tido educação. E, quando percebi que há crianças que nunca terão oportunidade de ir à escola, vi que elas ficam entregues ao destino", referiu o fundador da organização, citado pela Renascença.
Para José Figueiredo, “a maior barreira à educação hoje em dia tem a ver com conflito armado”. A Organização das Nações Unidas estima que 40% das crianças que não vão à escola vivem, precisamente, em zonas de guerra.
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