Depois da constituição de uma equipa e da abertura de uma estrutura no arciprestado de Guimarães/Vizela, a Cáritas Arquidiocesana de Braga vai contar este ano com mais uma equipa arciprestal, desta vez em Celorico de Basto.

A informação foi avançada ontem ao Diário do Minho pelo presidente da Cáritas Arquidiocesana, João Nogueira, à margem da celebração que marcou o encerramento da Semana da Cáritas, na igreja da Senhora da Oliveira, em Guimarães.

“Estamos em condições de dizer que estão criadas as condições locais para que possamos durante este ano consolidar um grupo arciprestal em Celorico de Basto”, afiançou.

O  cónego Avelino Amorim, presidente da Comissão Arquidiocesana para o Desenvolvimento Humano, enalteceu o esforço e a vontade da Cáritas Arquidiocesana, em especial dos seus responsáveis, de estar presente nos arciprestados para assim poder estar mais próximo de todas as situações de pobreza e vulnerabilidade social. 

“A Cáritas quer chegar a todos os arciprestados, mas não basta esta abertura, é importante também que os arciprestados acolham esta proposta e possam viver esta interligação como as estruturas de uma maior proximidade a todas as comunidades cristãs. No fundo que cada arciprestado tenha a sua estrutura arciprestal para a pastoral social nas suas diversas formas naquilo que é a sua ação habitual, mas também nesta atenção a todas as formas de pobreza, todas as novas situações sociais que hoje se colocam2, disse o responsável.

Em relação à Semana Cáritas, que decorreu sob o lema “O que Amor Transforma”, com iniciativas mais centradas em Guimarães,  João Nogueira fez um balanço “muito positivo”, referindo que foi possível alertar a sociedade para aqueles que são os “problemas reais” vividos por muitas pessoas e famílias que diariamente solicitam apoio à Instituição.

“Foi uma semana muito intensa vivida de uma forma muito particular nesta comunidade de Guimarães, foi a primeira vez que isso aconteceu e Guimarães acolheu de forma solene a instituição a esta Semana da Cáritas”, disse o dirigente.

João Nogueira transmitiu um agradecimento ao Município de Guimarães por desde a primeira hora ter aceitado ser parceiro desta iniciativa e também por se ter envolvido naquela que é a missão da Cáritas.

A Câmara de Guimarães esteve representada ontem na celebração eucarística pela vereadora da Ação Social, Paula Oliveira.

Em 2023, a Cáritas Arquidiocesana de Braga acompanhou e apoiou cerca de 9 mil pessoas, mais quase três mil do que em 2022. “Foi um aumento significativo e isso é fruto dos tempos que estamos a viver”, notou João Nogueira.

A Cáritas Arquidiocesana promoveu ontem um peditório num hipermercado em Guimarães, com a colaboração de voluntários, cuja receita é para ajudar as pessoas e famílias mais necessitadas que recorrem aos serviços da instituição. 

O espaço Cáritas no Arciprestado de Guimarães/Vizela, aberto há cerca de um ano e meio, funciona em instalações da paróquia da Senhora da Oliveira e acompanha atualmente dez pessoas, a maioria imigrantes.

Além de assegurar bens alimentares, presta ajuda nas rendas de casa, na legalização de cidadãos estrangeiros, a vítimas de violência doméstica, e funciona também como “espaço de escuta”, disse ao Diário do Minho o assistente espiritual, o diácono José António.

A estrutura trabalha em articulação com a Ação Social Integrada de Guimarães.