Arquidiocese de Braga -

18 fevereiro 2024

Conselho Pastoral responde a “Como ser Igreja Sinodal em Missão”

Fotografia DM

DM - José Carlos Ferreira

Arcebispo Metropolita de Braga pediu respostas “muito concretas”

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O Conselho Pastoral Arquidiocesano de Braga reuniu ontem, dia 17, para um dia de trabalho e responder à questão “Como Ser Igreja Sinodal em Missão?”. O dia iniciou-se com a oração de Laudes na Capela Imaculada, com a presença do Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, e do Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, que conduziu os trabalhos.

No momento de reflexão, D. José Cordeiro, sublinhando que as perguntas que começam com “como” são muito difíceis de responder, pediu a todos os membros do Conselho Pastoral Arquidiocesano para serem “muito concretos”. “Não nos percamos em grandes elaborações teológicas, pastorais e espirituais”, realçou o prelado. O arcebispo incentivou mesmo todos os membros do conselho a trazerem a realidade das suas comunidades, dos arciprestados, departamentos, serviços e comissões. Ou seja, “aquilo que é a nossa realidade no processo sinodal, e a realidade é como é, não é como nós a imaginamos, sonhamos, ou gostaríamos que fosse, mas, iluminada com o Evangelho, pode ser transformada se nós aceitarmos também este desafio que estamos a rezar e que agora escutámos, de lavar o coração, de praticar o bem, de aprender porque é um exercício permanente”, acrescentou. 

D. José Cordeiro aproveitou esta sua reflexão para deixar algumas sugestões considerando-as úteis neste dia de trabalho, que é o prosseguir do caminho sinodal. “É importante recordar as atitudes necessárias a este discernimento comunitário. Além do discernimento pessoal, somos convidados a esta atitude de discernimento eclesial e comunitário, não apenas do ver, julgar e agir, mas também no avaliar do caminho já feito. Certamente que nos fará bem”, salientou. 

Por outro lado, convidou ainda cada membro a  questionar-se sobre qual a direção do Espírito que suporta, anima e orienta a participação no processo de discernimento. “Se a intenção não for a correta e direta, tudo se torna confuso, desde o início, e corre o risco de poluir e até de distorcer o processo. Aquilo que se exige é a intenção agápica de acolher todos e de acolherem-se reciprocamente como Jesus fez até ao fim, até ao dom de Si mesmo na Cruz. E significa a intenção de escutar, perceber a partir de dentro, dar o primeiro passo, fazer-se um, saber esperar, e saber dar o próprio contributo no momento certo e no modo adequado», disse. E, isto, acrescentou D. José Cordeiro, implica humildade, certos que estamos a construir a história do futuro, a Igreja do terceiro milénio.