Arquidiocese de Braga -

31 julho 2023

Milhares de peregrinos da JMJ saíram de Braga com apelo a uma nova sociedade

Fotografia Davi Cordeiro

DM - Francisco de Assis

Eucaristia do envio foi celebrada pelo Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, com mais 30 bispos e 400 padres de várias nacionalidades

\n

Os Dias na Diocese terminaram ontem, dia 30 de julho, com a missa do envio, na Avenida Central, em Braga, dos milhares de jovens de várias nacionalidades que partem hoje para Lisboa para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que começa amanhã, dia 1 de agosto. Na eucaristia multilingue, o Arcebispo de Braga, presidente da celebração, fez um apelo aos jovens, no sentido de aproveitarem a JMJ para ajudarem a construir uma sociedade nova e uma igreja renovada.

O Arcebispo de Braga. D, José Cordeiro, manifestou a alegria do encontro com jovens de vários países, unidos na mesma festa da fé em Cristo, e pediu-lhes que trabalhem na construção de uma nova sociedade e de uma igreja de portas abertas.

O cântico de entrada, com estrofes em várias línguas, deu o mote para uma celebração festiva e participada. Até porque, aproveitando o facto de todos terem telemóvel, o guião da eucaristia, traduzido em várias línguas,  foi disponibilizado, para que houvesse maior participação possível.

Além dos milhares de jovens e fiéis de várias partes da Arquidiocese de Braga, a eucaristia foi concelebrada por 30 bispos e presenciada por 400 padres. 

As autoridades autárquicas de Braga, encabeçadas pelo seu presidente, Ricardo Rio, também  participaram na cerimónia religiosa. 

No início da celebração, foi lida uma mensagem de boas-vindas, onde constava também a informação segundo a qual uma diocese da Alemanha ofereceu ontem uma pomba à Arquidiocese de Braga. Uma pomba com duas cores: amarela, para simbolizar a guerra na Ucrânia e em outras latitudes; e a cor branca o desejo de paz em todo o mundo. Por isso, uma das intenções da celebração foi pela paz. Aliás, é uma das intenções de toda a JMJ, presidida pelo Santo Padre.  

Na homilia, D. José Cordeiro lembrou que sabedoria é a arte de viver a vida e de responder à enorme sede de bem, de verdade e de beleza que cada pessoa transporta no seu coração.

E formulou um desejo: "como Salomão, peçamos um coração inteligente e sejamos audazes em cada uma das nossas oportunidades, sem medo, sem comodismo, sem preguiça, de olhos postos em Maria que nos mostra que é agora que nos temos que pôr a mexer, é agora que Jesus nos chama, de olhos no passado, caminhando para o futuro, construir uma sociedade nova, a civilização do Amor, à imagem e semelhança do próprio Jesus, como construtores do reino de Deus".

Tantos abraços abençoados, destes dias da grande festa da fé 

A propósito da JMJ – o encontro de Jesus Cristo com os jovens, D. José Cordeiro disse: "Jesus Cristo ama-te! Ele é a grande surpresa da vida que transforma o coração. O nosso querido Papa Francisco lembra: 'a fé ou é encontro com Ele vivo, ou não é'."

O Arcebispo de Braga mostrou-se grato e feliz pela gratuidade fraterna que é manifestada na hospitalidade da vida, em tantos abraços abençoados, destes dias da grande festa da fé na peregrinação universal dos jovens a Portugal para JMJ. "Aqui em Braga recordamos as expressões inesquecíveis: eu vou... e tu? estou contigo; juntos, em caminho; saltamos apressadamente para a JMJ; o berço da nação acolhe com o coração; aqui plantamos o futuro; acolher com amor; esperamos por ti, aqui; como Maria acolhemos-vos com simplicidade e alegria... o nosso coração é de ouro. Muito e muito obrigado ao Presbitério, a todo o Povo santo de Deus, às autoridades, às Instituições, ao COD (Comité organizador diocesano) e a cada um dos 14 COA (Comité organizador arciprestal), aos movimentos e grupos pelo imenso e inestimável trabalho e testemunho da Igreja viva presente em terras bracarenses".

Final festivo com todos a cantar e a dançar o hino JMJ  

D. José Cordeiro lembrou que a JMJ é uma experiência única e irrepetível nas vidas de todos aqueles que nela participam: "uma oportunidade para olharmos juntos o futuro da Igreja e do Mundo num espírito de fraternidade".

"Antes, o durante e o depois da JMJ são etapas marcantes do caminho sinodal da Igreja. Por isso, vamos partir com este desejo: querer um coração desperto e inteligente, capaz de discernir, capaz de distinguir o bem do mal".

D. José agradeceu a todos, em várias línguas, sobretudo àqueles que vieram de terras longínquas.

O final da celebração foi festiva, com todos a cantar e a dançar o Hino da JMJ, numa verdadeira comunhão, antes de partirem para o encontro com o Papa. O coro da celebração foi orientado pelo padre Sandro Vasconcelos.