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A comunicação deve estar “próxima das pessoas”, deve apelar a uma “esperança maior” e ser “voz dos sem voz, do sofrimento da terra e da dor dos humanos”, afirmam os bispos das comunicações sociais da Península Ibérica.
Os responsáveis pelas comunicações sociais das comissões episcopais portuguesa e espanhola estiveram reunidos esta semana em Santiago de Compostela. O encontro juntou a Comissão Episcopal de Meios de Comunicação de Espanha e a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Socais de Portugal para o encontro anual que decorreu a 24, 25 e 26 de outubro. O tema deste ano foi “Comunicar uma esperança maior”.
O comunicado final do encontro refere que “a comunicação social enfrenta hoje duas possibilidades: limitar-se ao pequeno jogo das intrigas da sociedade de consumo em que vivemos, onde é difícil distinguir a verdade da mentira, ou comunicar uma esperança realista e resistente, sendo a voz dos sem voz, do sofrimento da terra e da dor dos humanos”.
Os bispos afirmam que a comunicação só “dará sentido à vida das pessoas” se, para além de cuidar da proximidade, tiver presente que “experiência cristã oferece a dinâmica do perdão capaz de abrir o coração a uma esperança maior, ao mesmo tempo definitiva e transformadora”.
D. João Lavrador, Bispo Português responsável pela Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Socais distanciou a “esperança” de qualquer sentido ideológico e apresentou o horizonte de “um homem novo” que o ser humano necessita cultivar.
Acrescentou ainda que “a esperança leva-nos para o futuro. Somos essencialmente sonhadores de futuro e trazemos algo para o presente. A comunicação tem de apresentar esta dinâmica: se recalca só o pessimismo de cada momento, ela deixa uma grande parte do seu humano e sem o integrar na esperança”.
Por seu turno, o homólogo espanhol, D. José Manuel Lorca, reconheceu, neste horizonte de comunicação, um desafio a todos os que integram a Igreja.
O Encontro Ibérico das Comissões Episcopais de Comunicação Social contou com o “contributo” de João Duque, professor de Teologia e pró-reitor da Universidade Católica Portuguesa, e Xosé Luís Barreiro, politólogo e colunista de imprensa.
Para os bispos que trabalham o setor das comunicações sociais, a Igreja deve repensar e construir uma nova presença na cultura, na transformação social e na atividade política com uma participação ativa dos leigos”.
A nota final do encontro refere ainda que “no tempo em que as ferramentas digitais comunicam de forma intensa, mas com lacunas, a comunicação na Igreja deve continuar a ser repensada, seja pela formação dos comunicadores, seja pelo cuidado nas mensagens que transmite, onde é fundamental a proximidade e o diálogo com todos”.
O Encontro Ibérico das Comissões Episcopais de Comunicação Social realizou-se em Santiago de Compostela no contexto do Ano Santo Compostelano. O próximo encontro realiza-se em Portugal, na Diocese de Viana do Castelo.
P. Paulo Alexandre Terroso Silva
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