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“A pobreza na cidade” foi o tema de uma tertúlia promovida em conjunto pelos grupos da Liga Operária Católica/Movimento da Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC), de S. Tiago de Antas e de Calendário, em conjunto com a "Associação Dar as Mãos", na cidade de Famalicão, no dia 18 de Novembro.
“Mais do que dar, temos que aprender com os pobres, saber escutá-los, dar-lhes voz. Os pobres são o «tesouro da Igreja» têm rosto, são pessoas, devemos considerá-los nossos companheiros no crescimento e desenvolvimento humano”, referiu o padre Francisco Carreira, pároco de Santo Adrião e Brufe, na cidade de Famalicão.
Apesar do frio que se fazia sentir, foram cerca de cinquenta as pessoas que participaram na iniciativa. A tertúlia foi coordenada por José Maria Carneiro Costa, na qualidade de presidente da Comissão Social Inter-freguesias da área urbana da cidade (CSIFAU).
O objectivo da iniciativa foi a celebração do Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco, e o local escolhido, pelo seu significado, foi a cantina social "Associação Dar as Mãos".
O vice-presidente da associação, José Bacelar, falou do serviço que a instituição oferece a quem mais necessita e da “oferta” de uma refeição quente ao fim do dia aos que procuram algo para matar a fome, para além dos apoios que a instituição de solidariedade concede aos “sem-abrigo” da cidade.
Teresa Costa, da LOC/MTC, abordou a pobreza no meio laboral e referiu que uma parte dos trabalhadores é “pobre apesar de ter trabalho”, com um salário mínimo que mal chega para pagar a renda de casa, ou um quarto subalugado na cidade. Falou ainda dos migrantes explorados, num "concelho em franco desenvolvimento económico que procura mão-de-obra barata".
Pedro Oliveira, do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, situou a sua intervenção na escola e nas dificuldades de alguns dos alunos atingidos por este fenómeno social, que encontram na escola um espaço de apoio e acompanhamento personalizado.
Ademar Carvalho abordou os apoios que a Câmara Municipal de Famalicão concede em várias áreas, sobretudo às rendas de casa e o acompanhamento que faz às famílias mais pobres da cidade e do concelho, trabalhando em rede, articulado com muitas outras instituições, numa intervenção comunitária, através das comissões sociais inter-freguesias.
Os participantes também intervieram para colocar diversas realidades da pobreza na cidade e acções concretas que vão emergindo, em vários pontos, como sinal de que é possível envolver mais a comunidade neste apoio aos mais desprotegidos.
P. Paulo Alexandre Terroso Silva
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