Arquidiocese de Braga -
11 abril 2023
Arcebispo de Braga convida a uma vivência da Páscoa diferente
D. José Cordeiro presidiu a celebração
\n \nO Arcebispo de Braga presidiu à Eucaristia festiva da Ressurreição de Cristo, na Sé Catedral, que esteve, uma vez mais, cheia de fiéis, bracarenses e estrangeiros, adornada, esplendorosamente iluminada, com luzes elétricas, o Círio Pascal e muitas velas acesas com o "lume novo" criado na Vigília Pascal. Na sua homilia, D. José Cordeiro alertou para uma vivência cristã, sem mudanças, ou seja, como se Cristo não tivesse ressuscitado.
Depois de saudar os presentes, o Arcebispo de Braga lembrou que a palavra Aleluia, cantada a plenos pulmões por estes dias, após um “jejum” de 40 dias, resume toda a oração de louvor: "louvai a Deus. Esta aclamação litúrgica une-nos ao povo judaico e à grande tradição da fé cristã do Oriente e do Ocidente, encontrando-se já nos Salmos e especialmente no livro do Apocalipse".
Referiu ainda que Aleluia identifica-se com alegria, que na Liturgia assume uma relevância como aclamação antes do Evangelho.
D. José Cordeiro abordou ainda a solene proclamação vivida por muitas famílias ao abrirem a porta da sua casa à Visita pascal ou compasso pascal, com o crucificado ressuscitado. "A tão bela tradição entende-se como prolongamento da alegre notícia da Ressurreição do Senhor, anunciada na celebração do mistério pascal".
Citando as leituras do Dia da Ressurreição, o prelado na morte e na vida que "travaram um admirável combate: depois de morto, vive e reina o Autor da vida. (...) Ressuscitou Cristo, minha esperança: precederá os seus discípulos na Galileia. Sabemos e acreditamos: Cristo ressuscitou dos mortos".
"O Ressuscitado continua ferido nas vítimas de todo o tipo de violência"
E deixou um alerta: "o maior perigo que a Igreja pode correr na evangelização, na celebração e na diaconia da caridade é querer viver como se Cristo não estivesse vivo e ressuscitado. Ele, Bom Samaritano, continua a gerar e a acompanhar a Sua Igreja", disse, acrescentando. "Juntos, em processo sinodal dinâmico, seremos capazes de imaginar um futuro diferente para a Igreja Bracarense: alegria contagiante, escuta acolhedora, portas abertas, mãe que busca os seus filhos, centrada no Evangelho, discípula missionária, formação permanente, comunhão pastoral", desejou
O Arcebispo de Braga sustentou que a Páscoa é o ponto alto de configuração com a cruz: o mistério pascal de Jesus Cristo.
Para D. José, "o Ressuscitado continua ferido nos crucificados de hoje, nomeadamente nas pessoas: doentes, reclusas, vítimas de todo o tipo de violência, migrantes, com deficiência, e naquelas que andam à procura do sentido da vida e outras que desistiram de procurar".
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