Arquidiocese de Braga -

Homilia na Peregrinação ao Santuário de N. Sra. da Penha

A peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Penha acontece sempre num momento em que, como Igreja Arquidiocesana, fazemos um exercício de retrospectiva e de programação pastoral. Termina um ano pastoral e logo outro recomeça. Revemos, ou devemos rever, em que medida as nossas comunidades assumiram os projectos delineados e propostos. Abrimos a responsabilidade eclesial a novos desafios e programações.

Viemos de um quinquénio dedicado à redescoberta da nossa identidade cristã. O resultado esperado era o da alegria de nos assumirmos discípulos missionários. Partimos, agora, para uma nova aventura onde, alavancados por uma fé interiorizada, assumimos o compromisso de despertar a esperança.  Este é um imperativo inadiável para as comunidades paroquiais, movimentos e associações. Pretende-se mostrar que hoje é o tempo favorável, o tempo da esperança. Um tempo onde, como diz a Escritura, “esperamos contra toda a esperança” e não permitimos que nos roubem a esperança. São verdades de fé intensas que, a longo prazo, nos permitem alcançar a meta de uma Primavera de esperança na Arquidiocese. São muitos os lamentos, os presságios e um temor persistente que não tranquiliza ninguém. Os céus são sombrios e não podemos distrair-nos com alienações e emoções passageiras.

Peço, por isso, à Senhora da Penha que se multipliquem os grupos de oração e reflexão em todas as paróquias. Os cristãos empenhados deverão associar-se e convidar outras pessoas para interiorizar o que a esperança supõe e o que ela oferece. Deixo o desafio: não haja nenhuma paróquia sem um ou mais grupos semeadores da esperança. Poderão ser a confirmação de uma Arquidiocese que se quer rejuvenescer e renovar. O espírito falará e a mudança acontecerá como um perfume que vai permeando o tecido da sociedade e da Igreja.

† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz

Pode descarregar abaixo o PDF da homilia na íntegra.