Homilia no Pontifical de celebração das Bodas de Ouro

Cinquenta anos de sacerdócio é uma oportunidade única para me centrar no essencial do meu ministério. Faço-o à luz da misericórdia omnipresente de Deus. Ao mesmo tempo, e integrado nesta Igreja Particular de Braga, quero deter-me no Programa Pastoral deste ano. Com Maria e como Maria, propusemo-nos a olhar para as várias dimensões da vida, numa atitude contemplativa, para a transformar a partir de dentro. Áreas tão amplas quanto o trabalho e a família, mas também a celebração e o anúncio do Evangelho.

Este estilo de vida expressa-se numa conduta de vida onde a Palavra nos orienta para três atitudes constitutivas do agir cristão e eclesial: Contemplativos no mundo, vivemos para a consagração, para a comunhão e para a missão.

Envolvido nesta graça de cinquenta anos de sacerdócio, tentei não proferir doutrinas eloquentes. Situei-me numa atitude de exame de consciência para continuar a viagem da vida que gostaria que fosse santa. Ficaria imensamente grato a Deus que os sacerdotes da Arquidiocese fizessem este exame comigo. Reconhecer a prioridade absoluta de Deus na vida como Maria, ter alegria na relação pessoal com a Trindade, na comunhão fraterna a nível de presbitério e das comunidades para amar os mais pobres e numa atitude de missão e de consagração. 

Louvo a Deus por ser padre desta Arquidiocese e quero continuar a oferecer a minha vida, que Deus me concedeu, pelos sacerdotes e, nestes, a todo povo desta histórica Arquidiocese. Que a Santa Maria de Braga, S. Martinho de Dume, S. Frutuoso, S. Geraldo e, particularmente, o Beato Bartolomeu dos Mártires a todos acolham e nos entusiasmem.

† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz

Pode descarregar abaixo o PDF da homilia na íntegra.