Arquidiocese de Braga -

2 novembro 2016

Reflectir a morte

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Homilia na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

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Reflectir a morte

A celebração litúrgica do dia de hoje alegra-nos com a certeza de que não vivemos para morte mas, passando por ela, entramos na vida eterna. Vida eterna garantida para quem se alimentou do Corpo e Sangue de Cristo. Na verdade, a eucaristia é o alimento que nos abre à vida eterna e aumenta em nós a certeza da ressurreição. Sempre que comungamos, cresce a certeza de que Cristo destruirá a morte para sempre e nos preparou um banquete de manjares suculentos.

Recebemos, há dias, a Instrução Ad resurgendum cum Cristo que nos recorda que “exilamo-nos do corpo para irmos habitar junto de Deus”. Desta Instrução, devemos conservar a doutrina da Igreja sobre a cremação. “Em si mesma não é contrária à religião cristã” mas a “Igreja recomenda insistentemente que os corpos dos defuntos sejam sepultados no cemitério ou num lugar sagrado”. Importa que não tenhamos dúvida sobre esta matéria e saibamos que a Igreja não tem “razões doutrinais para impedir tal praxis”, a não ser que seja pedida ou realizada “por razões contrárias à doutrina cristã”. Aceitando este modo de proceder, “as cinzas devem ser conservadas num lugar sagrado, isto é, no cemitério ou, se for o caso, numa igreja ou lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica”. A conservação das cinzas em casa não é consentida, a não ser em casos excepcionais, nem a divisão entre vários núcleos familiares, assim como a dispersão no ar, na terra ou na água ou ainda serem conservadas como recordação em peças de joalharia ou outros objectos. Com estas orientações, a Igreja preocupa-se pelo respeito que os restos mortais merecem e pelo cuidado para que os falecidos não sejam esquecidos.

Pode descarregar o PDF na íntegra abaixo.


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HML_21_2016.11