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D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga | 15 Mai 2004
Jornadas familiares
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(Intervenção do Arcebispo Primaz nas Jornadas da Vida) A preocupação pelo económico, em muitas ocasiões, provoca o cansaço e impede uma reflexão séria sobre os problemas essenciais. Muitos ousaram apelidar a nossa época como momento do «pensamento débil». Não existe profunda consistência intelectual e os critérios alteram-se com o sabor dos ventos. Sei que muitos pretendem «empurrar» a Igreja para o lugar oposto. A ela toca-lhes os dogmas, dizem, e as suas doutrinas permanecem inalteráveis e insensíveis às exigências dos tempos. O cristão, minimamente consciente, sabe que este dualismo não corresponde à verdade. Assumimos a Bíblia e a Tradição como fontes duma fé que nos vai situando nos diversos contextos sociais e culturais. Na Palavra de Deus há uma força que ilumina e iluminou sempre os contornos da existência humana. Nada lhe é estranho e a tudo dá sentido e plenitude. Esta luz sobre as realidades humanas nunca é acolhida passivamente. Supõe um trabalho sério de reflexão onde os teólogos e os peritos nas áreas diversificadas ocupam um lugar proeminente. Acontece, porém, que não se trata dum privilégio. Com eles todos se devem empenhar nesta tarefa de iluminar as realidades terrestres. Foi sempre assim. Mas o Concílio Vaticano II trouxe um alerta que ainda não foi suficientemente acolhido pelos nossos cristãos. Não basta refugiar-se no alto grau de ileteracia do povo português. Se no passado a Igreja foi promotora duma cultura e formação humana, hoje tem de continuar a provocar esta insatisfação cultural, mentalizando e criando condições para que aumente a vontade de saber e de iluminar a vida com as verdades da fé. Custa ver populações e comunidades alheias a actividades culturais. Não podemos desistir e o nosso trabalho permitirá que ao lado do futebol e das telenovelas outros assuntos tenham interesse. Se há um campo onde se evoluiu em termos de conhecimentos e simultaneamente inquietações e dúvidas é a família. O seu contexto diver-sificou-se e não é possível continuar a resignar-se entrando na corrente do que os outros fazem ou dizem. As famílias devem pensar a família e ir construindo um pensamento sólido e estruturante capaz de apresentar um modelo de família, alternativa a pseudo-modelos. Existe muita ignorância e nem sempre se pretende pensar segundo critérios sólidos. É neste contexto – como em tantos outros – que continuo a pensar que a pastoral familiar não pode limitar-se a actividades. Urge pensar a família como suporte de iniciativas pastorais que, sem uma base doutrinal, podem significar mero passatempo. Tenhamos a coragem de evangelizar as famílias, no sentido de pregar uma «Boa-Nova» que norteie e responda a todas as problemáticas com as quais elas se deparem. Sem estas reflexões sérias, não há pastoral familiar que se imponha. Também aqui a Nova Evangelização é prioritária no anúncio e na formação dos agentes que promovem estas reflexões. São muitos os aspectos a abordar, temos muitos expertos a aproveitar. Recrutemos e sejamos capazes de envolver a comunidade intelectual nesta tarefa. Estas Jornadas são um exemplo. Que frutifiquem através de iniciativas idênticas. Colégio D. Diogo, 15-5-04. + Jorge Ortiga, A. P.
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