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14 Jan 2018
Conselho económico como experiência de fé e de esperança
Discurso na tomada de posse dos Conselhos Económicos Paroquiais
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  © Avelino Lima | Cripta do Sameiro

Com esta cerimónia de tomada de posse, a Igreja confia-vos uma tarefa muito concreta: cuidar dos bens das paróquias para que elas prossigam a sua missão de anunciar o Evangelho. Falar de Cristo e da Boa Nova significa semear a esperança no coração dos crentes e permitir que, também estes, sejam promotores da esperança. 

A missão é concreta: gerir escrupulosamente o dinheiro das paróquias. Mas, a montante desta tarefa, é importante que cada um se consciencialize da necessária coerência com os seus compromissos baptismais. Deveis aspirar sempre ao cumprimento dos mandamentos de Deus e fazer da vossa vida um testemunho dos valores evangélicos. Sim! Primeiro deveis procurar ser cristãos. Só depois é possível uma resposta adequada ao ministério que vos é confiado. Espero, por isso, que vos empenheis com alegria, oferecendo às vossas comunidades a certeza de uma vida íntegra e coerente com o Evangelho.

Caros membros dos conselhos económicos, servir a comunidade nesta tarefa não é uma promoção nem um lugar de autoridade. Ninguém deve aspirar a honras ou deferências. Basta a alegria de servir! Com a pobreza de muitos, a Igreja de Jesus Cristo saberá estar à altura das exigências dos tempos presentes. O conselho económico ou a paróquia não é um poder em concorrência ou em paralelo com a autarquia. Sabemos que são duas realidades que devem trabalhar de mãos dadas para o bem do povo. A colaboração, e não oposição, deve ser, na verdade, o horizonte destas duas instituições. São realidades distintas mas que nutrem uma estima mútua. A paróquia é, contudo, uma realidade muito particular. Nela não se trabalha para os votos mas antes para as pessoas, particularmente os mais necessitados, de modo altruísta.

Cuidando da gestão dos bens paroquiais, sobretudo nos tempos que correm, é imperioso suscitar na comunidade um sentido de partilha, tal como aconteceu com os primeiros cristãos onde tudo era colocado em comum. A Igreja sempre viveu do contributo dos seus fiéis. O número de fiéis tem vindo, infelizmente, a diminuir e, por isso, temos de ter o cuidado de não os sobrecarregar com campanhas frequentes. Urge descobrir novos modos de responder às necessidades das paróquias. Fará falta criatividade e inovação para encontrar os meios necessários à subsistência das paróquias. Os tempos são diferentes e teremos de nos antecipar, descobrindo novos modos que garantam a sustentabilidade da comunidade. O primeiro passo é, como tive oportunidade de referir, a gestão escrupulosa e transparente dos bens. Outras iniciativas e estratégias surgirão depois.

Não nos podemos contentar com o deve e o haver. É imperioso suscitar um sentido de pertença à Igreja e à diocese, fazendo com que as paróquias sejam reconhecidas como úteis e importantes para a sociedade. S. Paulo recordava que todos os ministérios são manifestação do único Espírito (cf. 1 Cor 12, 4-11) e o Evangelho de S. João exige que sejamos consumados na unidade para que o mundo acredite (Jo 17, 20-26). Neste sentido, o conselho económico deve promover a unidade entre todos e agir em fidelidade ao Espírito. Quando isto acontecer, caminharemos na fidelidade às normas e orientações, iguais para todos, e saberemos construir unidade, bem como encontrar caminhos para a pastoral e para a economia paroquial.

Que o nosso encontro, esta tarde, represente o início de um trabalho profícuo em favor da comunidade cristã e dos mais necessitados, assim como um sinal visível da unidade entre as paróquias, os seus membros e a realidade arquidiocesana.

† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz

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