Arquidiocese de Braga

História

Atento aos desafios pastorais, apresentados pela Familiaris Consortio, em 22/11/1981, o Sr. Arcebispo D. Eurico, sentiu necessidade de estabelecer a coordenação dos vários movimentos dedicados à Pastoral Familiar e, por isso, criou o Secretariado Diocesano para a Pastoral Familiar. Existiam na Diocese os Movimentos: Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM), Equipas de Nossa Senhora (ENS), Serviço de Entreajuda e Documentação Conjugal (SEDC), Movimento Esperança e Vida (MEV), Associação Famílias (AF). Mais tarde, integraram esta pastoral os Movimentos Vida Ascendente (VA) e Movimento por um Lar Cristão/Cooperadoras da Família (MLC).

Posteriormente, em 1993, no aniversário das Bodas de Prata do CPM, D. Jorge Ortiga, então bispo auxiliar de Braga, alertou para a necessidade de se criar uma nova dinâmica: "a pastoral familiar necessita de estruturas capazes a nível diocesano, de zona, de arciprestado e de paróquia. (...) Espera-se que os sacerdotes se disponibilizem, dentro das possibilidades e, particularmente, das capacidades, para acompanhar todas as iniciativas".

Em finais de 1998, na perspectiva de, para além da coordenação dos Movimentos dedicados à Pastoral Familiar, se fomentassem estruturas nos arciprestados e paróquias, o Sr. Arcebispo D. Jorge Ortiga, convidou um casal para constituir uma nova equipa. Após alguns encontros preliminares, em 12 de Outubro de 1999 realizou-se a 1- reunião do novo Secretariado.

Como 1º Plano de Actividades perspectivou-se: criar estruturas arciprestais e paroquiais, formar agentes da P. F. e realizar o Jubileu do ano 2000, a nível paroquial e diocesano. Em Fevereiro de 2000 iniciaram-se contactos pessoais com todos os Arciprestes propondo-lhes a constituição de equipas, momentos celebrativos e formativos. Elaborou-se um guião sobre constituição e funcionamento das equipas e acções a desenvolver no âmbito da P.F., mais tarde transformado num pequeno livro " Constituição de equipas de pastoral familiar nas paróquias".

Ultrapassando as mais elevadas previsões, o Jubileu Diocesano foi celebrado na Cripta do Sameiro, pelos Movimentos e por muitos milhares de famílias. Relevam-se dois momentos: a Oração Jubilar acompanhada de 5 000 pequenos círios acesos e a celebração das bodas de ouro e prata matrimoniais de 42 e 165 casais, respectivamente. Para a sua divulgação tinham sido afixados nas paróquias 1 000 cartazes e distribuídos 150 000 desdobráveis. De certa forma, esta celebração foi o anúncio de que a Igreja Arquidiocesana estava a ir ao encontro das famílias com propostas, desafios, formas e linguagens mais consentâneas com as novas realidades. Também foi ponto de partida para a realização anual de uma Jornada da P.F. e, por sugestão do Sr. Arcebispo, do Dia Diocesano da Família. Já com a designação de Departamento em substituição da de Secretariado e com algumas equipas arciprestais e bastantes paroquiais constituídas e em acção, tornou-se indispensável criar elos de ligação. Começaram-se a realizar dois Conselhos Arquidiocesanos e a editar um pequeno boletim trimestral " Correio da Família".

Entretanto, a Hierarquia, decidiu dedicar à Família o triénio pastoral 2005/2008. No desenvolvimento do estudo e pesquisa dos reais problemas das famílias deu-se corpo a um anseio do Sr. Arcebispo: a criação do Centro de Apoio à Família e à Vida (CAFVida), liderado pelo Instituto das Cooperadoras da Família em parceria com este Departamento (19-03-2007). Concluiu-se o triénio com o Congresso da Família (17 e 18/05/2008) subordinado ao tema "Família Dom e Compromisso". Estava lançado o desafio pastoral para o futuro.