Arquidiocese de Braga -

10 fevereiro 2023

Catequistas de Famalicão interpelados a partir como Maria

Fotografia DR

Departamento Arciprestal da Comunicação Social

O encontro teve como tema “Catequista, pés ao caminho”, tendo presente o caminho de preparação para a JMJ Lisboa 2023.

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Os catequistas das diferentes paróquias do Arciprestado de V. N. Famalicão viveram uma tarde diferente no passado dia 28 de janeiro, sábado, no Encontro Arciprestal de Catequistas, que se realizou no Centro Pastoral de Santo Adrião, foram desafiados a “partir como Maria, colocando pés ao caminho, com um olhar alegre e  convertido”.

O encontro teve como tema “Catequista, pés ao caminho”, tendo presente o caminho de preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, “sendo este um caminho que percorremos juntos, em verdadeiro espírito de Igreja sinodal samaritana”, explicam os organizadores.

Depois de um momento de oração, que interpelou cada um a partir apressadamente para servir e amar, à semelhança de Maria, os cerca de 350 catequistas presentes foram saudados pelo Assistente da Equipa Arciprestal de Catequese, Pe. Vítor Pinheiro, assim como pelo Arcipreste de Vila Nova Famalicão, Pe. Francisco Carreira, que, por sua vez, alertou os catequistas para a importância de “nos pormos a caminho, seguindo em direção a Jesus Cristo e levando outros connosco”, lembrando que “os primeiros discípulos eram designados, precisamente, como ‘os do caminho’”.

Ir. Isabel Santos, da Congregação da Aliança de Santa Maria, deu início à formação com uma exposição sobre espiritualidade do catequista, à luz do testemunho de Maria. A religiosa lembrou que “Maria é a mulher que aprendeu a ser discípula”, permitindo que “Deus fosse o centro da sua história” e “ensinando-nos as atitudes fundamentais do discipulado”. Como tal, é determinante a atitude da “escuta da Palavra de Deus e a obediência a ela”, na certeza de que “a relação com Deus deve ser vivida no quotidiano”, baseada em “duas liberdades”, ou seja, “a da iniciativa de Deus que nos chama e a da nossa resposta livre e compromisso pessoal”. A Ir. Isabel destacou ainda “a alegria fruto da fé e da confiança”, que também aprendemos de Nossa Senhora, de modo a que possamos, como ela, viver “para o serviço do reino de seu filho”.

Num segundo momento, conduzido por Vânia Pereira, catequista e membro da Equipa Arciprestal de Catequese de Famalicão, partindo-se das dificuldades sentidas pelo catequista na sua missão, apresentadas num registo humorístico, a oradora desafiou os catequistas a “mudarem as ‘lentes’”, para que cada um possa “converter o olhar e ver através dos ‘óculos’ do Bom Samaritano”. 

Citando o Diretório para a Catequese, que lembra que importa “oferecer caminhos de catequese que se diversificam com base nas diferentes necessidades, idades dos sujeitos e estado de vida”, respeitando e atendendo às particularidades únicas de cada um, e tendo presente que a comunidade tem o dever de “acompanhar e apoiar as famílias na sua tarefa de transmitir a vida, ajudando-as no exercício da sua tarefa originária de educar”, os catequistas foram interpelados a olhar os outros com “olhos de Páscoa”, “com espírito de serviço, vivendo na caridade, em chave missionária e procurando apostar na criatividade”, de modo a realizar o seu ministério “segundo a pedagogia de Jesus” e fazendo da Catequese “um lugar de amor, onde Deus habita”. 

Se assim for, no meio de todas as dores e obstáculos, o catequista será capaz de, como o profeta Jeremias, “ver o ramo de amendoeira”, podendo “encontrar e promover a alegria na vivência da sua missão”.

Terminadas as conferências, foi tempo de mais um momento de oração, onde os catequistas “foram enviados em missão, para que sejam em cada comunidade esses pés diligentes que, como Maria, partem apressadamente, capazes de ir ao encontro dos outros”. A tarde terminou com o lanche, em ambiente festivo, de partilha e de alegre convívio entre todos.