Arquidiocese de Braga -

20 outubro 2021

Presépio de Priscos conta sete anos de inclusão social de reclusos

Fotografia Hugo Delgado/Agência WAPA

dacs

Cerca de 40 reclusos já passaram pelo projecto do presépio vivo.

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O projecto “Mais Natal Priscos”, da paróquia de Priscos, em Braga, dá trabalho a reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga há sete anos, com cerca de 40 a terem passado pelo presépio vivo. A paróquia é única com uma missão deste tipo em Portugal e já investiu mais de 200 mil euros na mesma.

De acordo com o Pe. João Torres, pároco de Priscos, e no âmbito do protocolo assinado entre a paróquia e a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, não se trata apenas de reinserção, mas de inserção na realidade da vida” porque está-se a dar ferramentas que não tiveram antes, já que muitos deles viveram em ambientes desestruturados”.

O também coordenador da Pastoral Penitenciária afirma que o trabalho para os reclusos não pode ser uma obrigação, nem um privilégio, mas sim um direito” e que Uma Igreja samaritana, em ambiente prisional, é aquela que acompanha os presos, proclama a Palavra de Deus, é a voz dos presos nos meios públicos, na luta por uma política mais humana nas prisões e pela garantia dos seus direitos”.

É por isso que o Presépio ao Vivo de Priscos é uma esperança, talvez mesmo um sonho que começou a realizar-se, na vida de muitos reclusos que são considerados não apenas pelo crime cometido, pelo qual estão a pagar com responsabilidade, mas também pela capacidade de fazer o bem”.

O Pe. João Torres diz ainda que é necessário acreditar na reabilitação dos reclusos”, para que estes se sintam estimulados para melhorar o seu comportamento” e ter auto-confiança para sentir que pode mudar para uma vida melhor