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O Papa Francisco, lamentando o reaparecimento do anti-semitismo, bem como da violência contra os cristãos, convocou cristãos e judeus a crescer juntos em conhecimento mútuo, compreensão, respeito e amizade.
"Dado o peso dos preconceitos mútuos e da história às vezes dolorosa que deve ser assumida... Encorajo-vos a perseverar neste caminho de diálogo, fraternidade e iniciativas conjuntas. Porque este belo trabalho, que consiste em criar vínculos, é frágil, deve sempre ser retomado – sempre ser retomado! e consolidado, sobretudo nestes tempos hostis em que se tornam mais comuns as atitudes de isolamento e rejeição do outro, também com o preocupante reaparecimento do antissemitismo, em particular na Europa, assim como da violência contra os cristãos”, disse o Papa Francisco em 12 de dezembro aos membros visitantes do “Amitié Judéo-Chrétienne” (Amizade judaico-cristã). O grupo de cristãos e judeus franceses dedicado ao diálogo e colaboração entre as duas religiões foi fundado em 1948 por Jules Isaac, um historiador francês que trabalhou para melhorar as relações cristão-judaicas após a Segunda Guerra Mundial e se encontrou com os papas Pio XII e João XXIII.
"Crescer no conhecimento mútuo, compreensão, respeito e amizade"
O Papa Francisco elogiou a contribuição de Isaac, dizendo que ele "desempenhou um papel de liderança na reaproximação entre judeus e cristãos após a tragédia da Segunda Guerra Mundial". Ele lembrou o trabalho do historiador na Conferência de Seeligsberg, um conselho pós-guerra sobre o anti-semitismo que concluiu seu trabalho com os famosos "Dez Pontos de Seelisberg" que os cristãos devem ter em mente ao falar com ou sobre o povo judeu.
Alguns desses pontos foram adotados na Nostra Aetate, o documento do Concílio Vaticano II sobre a relação entre a Igreja e as outras religiões. Isaac havia defendido a redação daquele texto que destacasse o "patrimônio espiritual comum a cristãos e judeus", buscando "fomentar e recomendar aquela compreensão e respeito mútuos que é fruto, sobretudo, de estudos bíblicos e teológicos, bem como de diálogos fraternos", disse o Papa.
O Papa também falou do trabalho do “Amitié Judéo-Chrétienne”, que disse estar “resolutamente e ativamente comprometido” com o estudo e o diálogo para ajudar judeus e cristãos “a crescer no conhecimento mútuo, compreensão, respeito e amizade”. "Obrigado por este trabalho que vocês realizaram incansavelmente durante setenta anos. Ele contribuiu amplamente para ajudar judeus e cristãos a se redescobrirem como irmãos, filhos do mesmo Pai, e a servi-lo ombro a ombro que "esperam o dia, conhecido só a Deus, quando todos os povos invocarem o Senhor a uma só voz", disse o Papa. "Asseguro-vos, portanto, o meu apoio às vossas iniciativas, e às de todos os povos, judeus e cristãos juntos, que lutam para sempre maior fraternidade. Rezo para que seu trabalho e seu compromisso dêem frutos abundantes e duradouros", acrescentou Francisco.
O Papa Francisco tem falado frequentemente sobre as "atitudes anti-semitas" presentes na sociedade europeia de hoje. "Como tenho repetido muitas vezes, um cristão não pode ser anti-semita; compartilhamos as mesmas raízes. Seria uma contradição de fé e vida", disse ele.
Por Ivan Fernandes
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