Prisões de clérigos, perseguição policial nas paróquias... e agora, também, proibição de celebrações na via pública.

Tudo isto é o que, progressivamente, a ditadura de Daniel Ortega tem estabelecido na sua campanha de repressão contra a Igreja Católica na Nicarágua.

Foi a Arquidiocese de Manágua que tornou público, através de um comunicado, que as procissões que estavam previstas para os próximos dias não poderiam realizar-se.

“A Polícia Nacional da cidade de Masaya comunicou às Irmandades e Párocos das Paróquias de São Miguel Arcanjo e São Jerónimo, que por motivos de segurança pública não serão permitidas procissões nas respectivas festividades daquela cidade”, salienta a Arquidiocese.

Pedido de oração

Diante da notícia, a Igreja de Manágua convidou os “devotos e prometedores dos santos padroeiros a ter em mente que a fé e a devoção são um tesouro que carregamos nos nossos corações e a partir daí podemos prestar a devida homenagem com a força desse ancestral património nas nossas comunidades”.

Informou também que “as missas, novenas e celebrações litúrgicas típicas de ambas as festas serão realizadas de acordo com o programa de cada uma das paróquias nos respectivos templos”.

“Que São Miguel Arcanjo, São Jerónimo e a Bem-Aventurada Virgem Maria, mãe da Igreja e rainha da paz, intercedam e ouçam as orações, obtenham a cura de todo o mal com o remédio de Deus”, conclui o comunicado da Arquidiocese.

Artigo de Elena Magariños, publicado em Vida Nueva Digital a 19 de Setembro de 2022.