Um padre católico, que é presidente da Associação para a Promoção dos Estudos Africanos (APAS) e prior provincial da província nigeriana da Ordem de Santo Agostinho, levantou um forte argumento para usar a filosofia, a religião e a cultura como caldeirões para o diálogo global.

O padre Anthony Ikechukwu Kanu discursou na conferência da APAS 2022 realizada na Tangaza University College, Nairobi, Quénia, de 24 a 27 de Maio.

A APAS usa a investigação para ligar os componentes da herança africana como instrumentos de autoconsciência e libertação.

Pretende criar uma plataforma onde investigadores e académicos promovam novas ideias para a reconstrução, representação e promoção da história e cultura africanas.

Na conferência que teve como tema “Um diálogo global sobre filosofia, religião e cultura africanas”, o padre Kanu, organizador, expressou satisfação por “mais de 100 resumos terem sido recolhidos de diferentes universidades de toda a África e os participantes agendados para apresentação fazerem jus ao tema.

A conferência está a reunir académicos de diferentes formações de todo o mundo para discutir as tendências inovadoras e os avanços emergentes em África para uma maior mudança e liberdade nas pessoas do continente.

Os trabalhos apresentados na conferência serão revistos ​​por pares e, se aceites, serão publicados em revistas internacionais de estudos africanos de boa reputação. Os subtemas incluíam política, migração, direito, história, educação, desenvolvimento, corrupção de líderes, questões de género e direitos humanos.

“Em relação ao actual desenvolvimento da associação... encontro motivos de sobra para uma renovada expressão de gratidão, primeiro a Deus e depois... a todos os membros da APAS pela sua abertura a novos desenvolvimentos e realidades”, disse o padre Kanu.

O presidente da APAS e superior Agostiniano lembrou que na conferência da APAS de 2021 os membros reflectiram sobre “Ideologias africanas, segurança humana e construção da paz”.

O padre Kanu disse que foi desta conferência que “emergiram os frutos das deliberações na forma de livros que ajudaram a propagar a filosofia africana; ideologias africanas e questões sociopolíticas; religião e cultura africanas; tendências e avanços na educação e gestão na África”.

Artigo de Justine John Dyikuk, publicado no La Croix International a 26 de Maio de 2022.