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Segue-se a uma “visita apostólica” para investigar as alegações de abuso sexual contra o falecido fundador da FMJ, o Irmão Pierre-Marie Delfieux (falecido em 2013).
Em 2019, a associação religiosa iniciou o seu próprio processo interno de denúncia que deveria esclarecer o abuso.
Mas não teve sucesso e um novo centro de escuta independente foi estabelecido em 2021 por insistência da Arquidiocese de Paris.
A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada do Vaticano, em Roma, enviou então o padre Bruno Cadoré, ex-líder internacional dos dominicanos, e a irmã Emmanuelle Maupomé, psicóloga e líder das Irmãs Auxiliares da França e da Bélgica, para realizar a visita apostólica.
Depois de terem entregue as suas conclusões, vão agora “acompanhar um processo de discernimento e reforma” como “assistentes apostólicos” ao lado de Jean-Christophe Calmon, prior dos irmãos FMJ, e Rosalba Bulzaga, priora das irmãs FMJ.
“Esta é a ajuda de que precisávamos”, explicou o Ir. Gregory, director de comunicação da FMJ. “Uma coisa é fazer um balanço do que não está bem. Corrigir erros e evoluir é outra, que não é fácil fazer a partir de dentro”, afirmou.
Ao Pe. Cardoré e à Irmã Maupomé está a ser-lhes pedido para aproveitarem a sua longa experiência de vida religiosa para ajudarem as comunidades FMJ a renovarem o seu carisma como “monges e freiras na cidade”.
Após o escândalo de abusos em torno do falecido fundador da FMJ, as comunidades devem rever o seu modelo de governação interna e, mais amplamente, a natureza das suas próprias vocações.
“Temos que redefinir o nosso carisma após a crise de abusos na nossa comunidade e na Igreja, num mundo que está a mudar a toda velocidade”, disse o irmão Grégoire, que pertence à comunidade FMJ em Estrasburgo.
“É um teste e também uma fonte de maior dinamismo espiritual”, disse.
As Fraternidades de Jerusalém têm cerca de 50 irmãos e 150 irmãs, a maioria dos quais vivia em comunidades mistas de homens e mulheres.
Há quatro comunidades em França – Paris, Estrasburgo, Mont-Saint-Michel e Vézelay – e quatro noutros países – Florença (Itália), Colónia (Alemanha), Varsóvia (Polónia) e Montreal (Canadá).
Artigo de Christophe Henning, publicado no La Croix International a 17 de Maio de 2022.
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