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Assim o expressou o Pe. Fabián Belay, responsável da área de toxicodependência da Arquidiocese de Rosário, em entrevista a uma emissora de rádio da cidade.
Estes depoimentos surgiram quando se soube da decisão de separar onze bebés das suas mães por terem usado drogas durante e após a gravidez. Cinco deles tinham cocaína no sangue e as suas vidas estavam em risco.
Acrescentou que há muitos anos que não são construídos espaços comunitários; governa-se apenas para os sectores centrais, e a situação do problema dos vícios mostra “tudo o que o Estado não fez neste tempo”.
O Pe. Fabián afirmou que o uso de drogas muitas vezes está associado a um problema individual. As políticas públicas vão em direcção a esse direito pessoal, sem ver que o uso de drogas está a prejudicar o tecido social. Não se vê um diagnóstico de saída.
Acrescentou que questões como pobreza, crises de drogas, armas, dificuldades da infância e adolescência, gravidez na adolescência, não são abordadas de raiz.
“Encontramos crianças que consomem droga, não fazemos prevenção, não fazemos assistência. Há acidentes de trânsito por uso de substâncias, o abuso de mães aos filhos também tem a ver com esse consumo”, explicou.
O padre sustentou que quando hoje um jovem pede ajuda, atrás dele há pessoas atormentadas pelo uso de drogas e patologias psiquiátricas. Comentou que há 30 anos que não são construídos espaços comunitários nos bairros.
Belay insistiu na necessidade de diálogo. “Acho que todas as forças políticas e sociais têm que trabalhar nesta questão, a situação supera os partidos políticos. Muitas vezes a classe política age quando estas questões aparecem na comunicação social e as tornam visíveis”, sentenciou.
Artigo de Roxana Alfieri, publicado em Vida Nueva Digital a 18 de Março de 2022.
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