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DACS com La Croix International | 23 Jun 2021
Taizé estabelece comunidade em bairro muçulmano no norte de Paris
Quatro irmãos da Comunidade Ecuménica de Taizé estabeleceram-se discretamente em Pantin, um subúrbio parisiense com uma grande população muçulmana.
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  © Taizé 93

Cerca de dez pessoas reúnem-se aos pés do altar dentro da Igreja de Sainte-Marthe des Quatre-Chemins (St. Martha), no subúrbio parisiense de Pantin.

Estão reunidos para o serviço de oração de Taizé, que acontece todos os dias às 18h00.

Membros da comunidade ecuménica, fundada em 1940 na Borgonha, conduzem os cânticos e os momentos de silêncio prolongado que caracterizam o famoso culto de oração.

Quatro irmãos de Taizé vivem na casa paroquial da igreja desde Dezembro passado. É a primeira vez que a comunidade ecuménica cria uma fraternidade permanente na Europa fora de Taizé.

Os quatro homens que vieram para este fervilhante subúrbio de Paris estabeleceram “uma presença de oração e escuta”, explica o irmão Jasper, originalmente da Holanda. Os paroquianos de Santa Marta foram rapidamente conquistados pelas orações diárias.

“Em quinze anos de vida em Pantin, nunca tinha visto orações tão regulares”, diz Évelyne, uma jovem em retiro. “Venho sempre que posso, acalma-me”, diz, um pouco antes de entrar na igreja.

“A forma de rezarem agrada-me”, confidencia a irmã Marie-Philomène, cujo convento se localiza nas proximidades. “Também me agrada que isto aconteça fora da instituição da Igreja”, acrescenta.

 

Conhecer a vizinhança

Os irmãos sentem-se apoiados pelo acolhimento que receberam. “Fiquei impressionado com o quão fácil foi conectarmo-nos com as pessoas”, disse o irmão Jasper.

A generosidade das pessoas da vizinhança impressionou o irmão Wojtek, da Polónia.

“Depois de uma das nossas orações neste Inverno, uma mulher aproximou-se e trouxe-nos cobertores porque sabia que estávamos com frio”, lembra, com um sorriso.

Os irmãos foram convidados a morar em Pantin pelo bispo Pascal Delannoy. A paróquia faz parte da diocese de Saint-Denis, que D. Delannoy dirige desde 2009.

“A história que liga a nossa diocese a Taizé é bonita”, começa por explicar o bispo de 64 anos. “Todos os anos, em Fevereiro, acompanho cerca de 250 católicos recém-confirmados até à Borgonha. No ano passado, enviei uma carta ao prior da comunidade sobre o estabelecimento de uma presença espiritual e de um ministério de escuta em Pantin. E ele aceitou”, diz o bispo.“Na Europa, nunca tivemos nenhuma fraternidade permanente senão a de Taizé”, nota o Irmão Alois, prior de Taizé.

“Viemos sem um programa específico, com o objectivo de conhecer melhor a realidade de Seine-Saint-Denis, da qual recebemos muitos jovens”, afirma.

 

Envolvimento em projectos de solidariedade

Os quatro irmãos mergulharam muito rapidamente na realidade de quem vive em Seine-Saint-Denis, o departamento administrativo onde está localizada Pantin.

“Tínhamos alguns preconceitos sobre o departamento”, admite o irmão Jasper. “Mas a realidade é mais complexa. É um departamento onde convivem tantas nacionalidades, com problemas de insegurança, habitação e transporte”, destaca.

Para além das orações, os quatro irmãos saem para se encontrarem com os moradores e envolvem-se em projectos de solidariedade na vizinhança.

“Com o Secours Populaire, ajudo a distribuir alimentos duas vezes por semana. Isso permite-me falar com as pessoas", diz o irmão Githinji, do Quénia.

Outros usam a bicicleta como meio de transporte para apoiarem os migrantes e os sem-abrigo. O irmão Wojtek diz que já fez amizade com os vendedores ambulantes do bairro.

 

Actividades destinadas a crescer

À medida que as restrições de saúde foram levantadas, os quatro irmãos foram convidados a intervir noutras partes da diocese.

“Encontramo-nos com jovens que partiram para Taizé e que foram convidados pelas paróquias das comunidades vizinhas”, explica o irmão Wojtek.

A fraternidade gostaria de estender suas actividades a Paris também, mas não conseguiu fazê-lo até agora. De qualquer forma, a pequena comunidade não quer dar um passo maior do que a perna.

“Há tantas pessoas para conhecer”, diz o irmão Jasper com entusiasmo. “Estamos apenas a deixar-nos levar”.

D. Delannoy diz que as actividades estão destinadas a crescer.

“A ideia é que tenham uma forte componente espiritual”, explica. “Esperamos que tudo isto possa crescer ainda mais no próximo ano, quando o contexto de saúde for mais favorável”.

 

Artigo de Matthieu Lasserre, publicado no La Croix International a 22 de Junho de 2021.

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Palavras-Chave:
Taizé  •  Catolicismo  •  Islamismo  •  Ecumenismo  •  França
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