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Embora não seja possível conhecer, com precisão, das origens da paróquia de Santa Eulália de Tenões, pode afirmar-se que a sua existência é anterior à fundação da Nacionalidade, conforme se pode constatar através de alguns documentos encontrados.
A história desta paróquia, também conhecida por Santa Ovaia de Tenões, está intrinsecamente ligada à devoção que a partir do séc. XIV se desenvolveu no monte de Espinho, com a construção de uma ermida sob a invocação de Santa Cruz, e que veio a culminar com a construção do Santuário do Bom Jesus do Monte.
A devoção criada à volta dessa ermida, a partir do séc. XV, contribuiu para o engrandecimento da freguesia de Santa Eulália de Tenões, de tal modo que o Arcebispo D. Fernando da Guerra anexaria a esta paróquia as igrejas de Sobreposta, Lageosa e Espinho, que permaneceram anexas até 1510. A paróquia de Santa Eulália de Tenões tornou-se assim, juntamente com a ermida de Santa Cruz, num dos mais disputados benefícios eclesiásticos, sendo que largas influências se moviam para a conseguir. Prevaleceram, neste ponto, as influências do Deão da Sé de Braga, do qual passou esta paróquia a constituir benefício próprio.
Depois de alguns anos de decadência do culto no Monte de Santa Cruz, eis que no ano de 1629 é fundada a Irmandade do Bom Jesus do Monte. A partir daí, e sobretudo no período da Restauração, reavivou-se a devoção no Monte de Santa Cruz que, pelo eminente impulso do Arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles, ocasionou o desenvolvimento das obras que haviam de coroar-se com a construção do majestoso templo do Bom Jesus do Monte.
Tenões desenvolveu-se, ao longo dos séculos, à sombra do Santuário. Na verdade, a história desta freguesia não mais se pode separar do notável Santuário erigido nos seus limites e que a tornam conhecida por toda a parte.
Não possuindo a importância eclesiástica de outrora, Tenões é actualmente uma paróquia semi-urbana, mantendo no entanto algumas características rurais. Conheceu nos últimos anos um forte crescimento populacional, devido à construção de várias urbanizações no sopé do Bom Jesus e junto à Variante do Fojo. No entanto, tal como sucede em outras freguesias vizinhas, denota-se alguma dificuldade de fixação destas novas populações.
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