XXIX DOMINGO COMUM, ANO C

Sem o alicerce firme da fé, a oração corre o perigo de ser supérflua, pouco ou nada mais do que um negócio com Deus. Daí a interpelação: «Quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a terra?». Este alerta completa-se com os gestos e atitudes referidos nos diversos textos bíblicos: «as mãos levantadas» e seguras de Moisés; os olhos erguidos do crente para reconhecer o auxílio divino, porque «o Senhor está a teu lado. Ele é o teu abrigo. [...] O Senhor vela pela tua vida»; o desafio a proclamar a palavra com insistência, «a propósito e fora de propósito, argumenta, ameaça e exorta, com toda a paciência e doutrina»; o convite a «orar sempre sem desanimar». Há uma relação de influência recíproca entre o ato de acreditar e a prática da oração.

Aprender a rezar «é como aprender a falar», afirma Teresa Power. Para esta mãe de família numerosa, a oração é essencial. «Não consigo imaginar como é que podemos crescer, se não estamos em família abertos à vida de Deus, se não rezamos. Se não chamamos Deus para o nosso interior, como é que Ele pode agir e atuar em nós?». Fundadora com o marido do movimento «Famílias de Caná», destaca a importância de rezar a partir das pequenas histórias do quotidiano. E de alimentar a oração com momentos de louvor, momentos «em que todos agradecem por alguma coisa do dia: Obrigado/a... «porque hoje me aconteceu isto ou aquilo, ou porque o comer foi bom na escola, ou porque encontrei este amigo, ou porque o teste me correu bem». Simples, não é?!