Arquidiocese de Braga -
25 fevereiro 2022
Parolin sobre o ataque de Putin à Ucrânia: “Quem quiser entrar para a história deve construir a paz, não desencadear a guerra”
DACS com Vida Nueva Digital
O secretário de Estado do Vaticano lembrou que “a guerra nunca é inevitável”.
"Quem quiser entrar para a história deve construir a paz, não desencadear a guerra”.
Com estas palavras, o Secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin, condenou o ataque da Rússia à Ucrânia em entrevista transmitida no programa TV2000 da Conferência Episcopal Italiana (CEI).
“Nos últimos dias”, acrescentou o Cardeal, “o Papa falou muitas vezes da sua dor, angústia e preocupação com esta situação”.
“São sentimentos que nos tocam profundamente neste momento, juntamente com a consternação com o que está a acontecer após o ataque russo à Ucrânia”, acrescentou o cardeal.
Da mesma forma, Parolin confessou que agora sente “profunda desorientação devido à evolução” do ataque, já que não achavam que fosse acontecer, “apesar de os ventos da guerra soprarem há muito tempo”.
“O próprio Santo Padre voltou várias vezes nos últimos dias e lembrou-nos das medidas que podem ser tomadas para evitar esta situação, para evitar mais sofrimento das pessoas”, afirmou. Assim, sublinhou a importância de “não colocar no centro os interesses de uma das partes, mas poder respeitar as legítimas preocupações e as esperanças e expectativas de todos”.
“A guerra não é inevitável”
“Obviamente”, continuou Parolin, “o primeiro passo é interromper as operações militares e depois voltar à diplomacia, ao diálogo e às negociações”.
Desta forma, o Secretário de Estado do Vaticano reiterou que “há sempre tempo” para a paz. “Basta que haja a vontade de o fazer.”
“Ainda há tempo para parar, ainda há espaço para negociar, ainda há espaço para uma solução que respeite os interesses de todos e ajude a construir a paz”, sublinhou.
“A guerra não é inevitável”, disse, mas é “uma decisão desejada pelos homens, e estes mesmos homens também podem impedi-la, tendo em conta o grande sofrimento que produz”.
Artigo de Elena Mariños, publicado em Vida Nueva Digital a 24 de Fevereiro de 2022.
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