Arquidiocese de Braga -
8 abril 2025
Domingo de Ramos | C

“Eu estou no meio de vós como aquele que serve”
Celebrar em comunidade
Itinerário simbólico
Num local de destaque, estarão visíveis para todos as pegadas da caminhada para o ciclo litúrgico de Quaresma-Páscoa, com o passo “abandono à oferta de si mesmo”.
Sugestão de cânticos
[Entrada] Hossana ao Filho de David – C. Silva
[Apresentação dos dons] Crux fidelis – M. Faria
[Comunhão] O Filho do Homem – F. Santos
[Final] O Senhor salvou-me – C. Silva
Eucologia
[Orações presidenciais] Orações do Domingo de Ramos da Paixão do Senhor
[Prefácio] Prefácio próprio do Domingo de Ramos – A Paixão do Senhor
[Oração Eucarística] Oração Eucarística II
[Bênção] Oração de Bênção sobre o Povo própria do Domingo de Ramos
Ministérios Litúrgicos
Na Liturgia, cada um deve fazer tudo e apenas aquilo que lhe compete. Este é um princípio geral, mas, ao vivermos o Domingo de Ramos, sendo uma celebração que recorda a entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado pela multidão, somos convidados a experimentar a multiplicidade de serviços e ministérios na Eucaristia, procurando envolver todas as pessoas necessárias, para que glorifiquemos mais a Deus e caminhemos todos juntos na santidade.
Bênção de Ramos
Depois de um cântico congregador da assembleia num local previamente determinado, um admonitor lerá o seguinte texto:
Bendito o que vem em nome do Senhor! Eis-nos chegados à Semana Maior, a semana em que celebramos o acontecimento da salvação de todos os seres humanos no sacrifício da cruz, na morte e ressurreição do Senhor Jesus! A Liturgia deste Domingo de Ramos abre as celebrações pascais. Encontramo-nos entre a multidão que acorre festiva à entrada de Jesus em Jerusalém, a cidade santa. Neste Domingo de contrastes, também nos pronunciaremos a favor de Jesus com verdade e confiança, para, ao contrário da multidão, não passarmos do “Hossana” ao “crucifica-o”. Estamos dispostos a percorrer com Cristo o mesmo caminho do amor? Como Jesus, que está no meio de nós como aquele que serve, também damos “passos de esperança”, questionando-nos: “gosto de servir os outros, de me oferecer para os ajudar ou sou muito egoísta, pouco solidário, pouco fraterno?
Entretanto, as pessoas levantam os seus ramos e o sacerdote prossegue:
Irmãs e irmãos caríssimos: desde o princípio da Quaresma, passo a passo de esperança, vamos caminhando com a Cruz em direção à Luz da Ressurreição. Hoje estamos aqui reunidos para dar início, em comunhão com toda a Igreja, à celebração pascal do Senhor, isto é, da sua paixão, morte e ressurreição. Foi para realizar este mistério da sua morte e ressurreição que Jesus entrou na sua cidade de Jerusalém. Por isso, recordando com fé e devoção esta entrada triunfal na cidade santa, acompanharemos o Senhor, de modo que, participando agora na sua cruz, mereçamos um dia tomar parte da sua ressurreição.
Depois de uns instantes de silêncio, faz a oração de bênção, de mãos juntas:
Oremos.
Senhor, nosso Deus,
aumentai a fé dos que esperam em Vós
e ouvi, com bondade, as nossas humildes súplicas,
para que aclamando, com estes ramos, a Cristo vitorioso,
permaneçamos unidos a Ele
e dêmos fruto abundante de boas obras.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Terminada a oração, asperge os ramos com água benta, sem dizer nada. A seguir, faz-se a proclamação do Evangelho da entrada do Senhor.
A anunciar o começo da procissão, o sacerdote pode fazer uma admonição, dizendo estas palavras:
Imitemos, irmãos caríssimos, a multidão que aclamava Jesus na cidade santa de Jerusalém, e caminhemos em paz.
Depois organiza-se a procissão de entrada na Igreja. Ao chegar ao presbitério, a missa prossegue com a oração coleta.
Evangelho para os jovens
A trama narrativa do Evangelho da Paixão incita-nos a configurar os nossos passos com os de Jesus, para que o culminar deste caminho que fazemos com Ele seja a aclamação de coração: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Trata-se da decisão radical da vida: entregar a vida a Deus e aos outros, fazer da vida que nos é dada uma oblação agradável, para ser sinal da vida abundante de Cristo que percorre o nosso ser.
Dinâmica da Quaresma
A seguir à homilia, toda a assembleia será convidada a rezar a oração que está prevista para este Domingo da Quaresma, na pagela em forma de pegada que será entregue a toda a assembleia:
Que exemplo, Jesus.
Que silêncio ensurdecedor.
Perante a injustiça e o clamor da multidão,
entregas-Te nas mãos do Pai.
Sem resistência, sem reivindicação,
somente Amor oferecido.
Quero fazer o Teu caminho,
orientar os meus passos para Ti,
e oferecer a minha vida
em gestos de entrega e amor.
Profissão de fé
Neste Domingo, sugere-se que seja recitada a profissão de fé sob a fórmula batismal.
Oração Universal
V Irmãs e irmãos, com os olhos voltados para Aquele que por nós foi crucificado, oremos pelos nossos irmãos que sofrem, dizendo, cheios de confiança:
R/Cristo, ouvi-nos. Cristo, atendei-nos.
Para que Jesus, em agonia no jardim, tenha piedade dos que vivem aflitos, oremos.
Para que Jesus, flagelado e torturado, tenha piedade dos que mais sofrem, oremos.
Para que Jesus, coroado de espinhos, tenha piedade dos que não são respeitados na sua dignidade, oremos.
Para que Jesus, a caminho do Calvário, tenha piedade dos que arrastam a cruz da vida, oremos.
Para que Jesus, expirando no madeiro, tenha piedade dos que estão em agonia, oremos.
Para que Jesus, ressuscitado e glorioso, tenha piedade de todos nós, oremos.
V Senhor Jesus Cristo, concedei a toda a humanidade que sofre a graça de se unir à vossa Paixão e de colocar a sua esperança na vossa Ressurreição. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.
R/ Ámen.
Encontrar o Pão na Palavra
Meditação Eucarística
Como o afirma o hino de São Tomás de Aquino “Adoro Te devote”, a Eucaristia, paradoxalmente, é o sacramento da escuta: “visus, tactus, gustus in te fallitur, sed auditu solo tuto creditur”, a visão, o tato e o paladar falham, somente pela audição se acredita plenamente. Por isso, como afirma o profeta Isaías, todas as manhãs, o Senhor desperta os nossos ouvidos, para escutarmos, como escutam os discípulos. A Eucaristia não é um sacramento que se observe ou se saboreie, nele se acredita porque é o próprio mestre que diz: “isto é o meu corpo entregue por vós”. Para adorar a Eucaristia é necessário o ouvido desperto do discípulo. Ela é o mistério da fé e a fé nasce da escuta. Contemplar é inclinar o ouvido na escuta obediente.
Sair em missão
A Semana Santa é um tempo de contemplação de Jesus, que revela todo o seu amor por nós, dando a sua vida, por inteiro. Por isso, façamos exercícios de silêncio e de contemplação ao longo desta semana.
Download de Ficheiros
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Pão na Palavra
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Comissão Arquidiocesana de Liturgia e Espiritualidade
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