Arquidiocese de Braga -

Itinerário simbólico

Entronizar o Evangeliário.

Sugestão de cânticos

[Entrada] Jesus é a Palavra de Deus Pai – Az. Oliveira

[Apresentação dos dons] O Espírito de Deus repousou sobre mim – Az. Oliveira

[Comunhão] Vós sois o Messias – F. Santos 

[Pós-Comunhão] Peregrinos de Esperança – Hino do Jubileu 2025 – P. Sequeri / A. Cartageno

[Final] Vamos em paz e alegria – Az. Oliveira

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações do Domingo III do Tempo Comum

[Prefácio e Oração Eucarística] Oração Eucarística II para as diversas necessidades – Deus guia a sua Igreja no caminho da salvação – com prefácio próprio

[Bênção] Bênção proposta pelo Subsídio Pastoral do Dicastério para a Evangelização da Santa Sé para este VI Domingo da Palavra

Catequese Mistagógica

Aclamação ao Evangelho

O “Aleluia” é uma aclamação ao Evangelho, prepara a assembleia para a escuta do Evangelho e «tem a sua origem numa expressão hebraica que significa: ‘louvai o Senhor’». É cantado de pé e deve ser cantado por todos – coro e assembleia – expressando alegria, felicidade, júbilo. Pode ser proposto por um solista ou pelo coro e depois repetido por toda a assembleia. No dizer de Santo Agostinho, é «um grito de aclamação a Cristo, Mestre e Senhor». As frases que se cantam no Aleluia são da Sagrada Escritura, encontram-se nos Lecionários. Na Quaresma, omite-se a palavra «Aleluia»: em vez disso, cantamos «Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor», ou outras formas, bastando para isso consultar o Missal Romano.

Ministérios Litúrgicos

O diácono ou presbítero que proclamar o Evangelho poderá transportá-lo na procissão de entrada ou mesmo antes da proclamação da Palavra. Os restantes leitores poderão acompanhar, ladeando com velas.

Introdução ao espírito celebrativo

Sugere-se o seguinte texto para introdução ao espírito da celebração:

Neste dia, a Igreja celebra o Domingo da Palavra de Deus. É um Domingo “dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus” (Aperuit Illis, 3). Abramos a nossa mente e o nosso coração para acolher esta Palavra, lâmpada para os nossos passos e farol do nosso caminho (cf. Sl 118, 105). Deus, através da sua Palavra, deseja revelar-se e habitar nas nossas existências. Unamo-nos, por isso, aos leigos que, na nossa Arquidiocese, são pela primeira vez instituídos nos ministérios de acólito, leitor e catequista. 

Como “peregrinos de esperança”, deixemo-nos guiar pela luz e pela escuta da Palavra, para reconhecermos a presença de Jesus, que se dá a conhecer nas Escrituras, pela ação do Espírito Santo, que está sobre nós.

Preparação Penitencial

O sacerdote introduz a preparação penitencial, dizendo:

V/Para que possamos acolher a presença de Jesus nesta celebração, reconheçamos que somos pecadores e invoquemos com confiança a misericórdia de Deus. 

Depois de uns instantes de silêncio, continua:

V/Senhor, que sois a Palavra de Deus feita carne, tende piedade de nós.

R/Senhor, tende piedade de nós.

V/Cristo, que dais a vista aos cegos com a força da tua palavra, tende piedade de nós.

R/Cristo, tende piedade de nós.

V/Senhor, que libertais as nossas vidas do pecado, tende piedade de nós.

R/Senhor, tende piedade de nós.

V/Deus omnipotente tenha misericórdia de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

R/Ámen.

Proclamação da Palavra

Hoje procure dar-se abundante destaque à Palavra de Deus. Antes da proclamação da Palavra, pode fazer-se uma pequena procissão com o Evangeliário, ladeado de duas velas, acompanhada por um cântico que nos prepara para a escuta: “Fala, Senhor, eu quero escutar”, com música de Fernandes da Silva. Cante-se o Salmo Responsorial, pois na sua génese ele é necessariamente cantado.

Evangelho para os jovens

Hoje mesmo começa a cumprir-se esta passagem da Escritura para aqueles que a ouvem. Este Jesus é brilhante.  Homilia fantástica numa frase só.  O evangelista faz eco:  todos testemunhavam a favor dele e estavam admirados com as palavras cheias de graça que saiam da boca dele. “Na mouche”. Alguém diga assim seja, por favor, haja alguém que diga assim seja, para que isto fique por aqui. Ninguém disse. Jesus pegou na palavra outra vez. 

Todavia, rapidamente, os ouvintes passaram da admiração à repreensão: quem pensa ser ele, para dizer tais coisas? Não é este o filho de José?  Conheciam-no bem demais! Julgavam saber tudo de Jesus, conhecer o seu conterrâneo. No entanto, parece que, julgando conhecê-lo, não conseguiram reconhecer a novidade da sua missão. Quem julga já conhecer e saber tudo, arrisca-se a não o reconhecer nem escutar na novidade sempre permanente do seu Reino em expansão. É profundamente desumanizador quando alguém se fecha na cegueira de suas próprias ideias, crenças, ideologias... Frente a essa tendência ancestral e, com frequência, venenosa, uma atitude madura e compreensiva relativiza muros e fronteiras, reconhece a identidade comum e torna possível a vivência da alteridade, no respeito e na confiança partilhadas.

Entrega da Bíblia 

Conforme propõe o Subsídio Pastoral do Dicastério para a Evangelização da Santa Sé para este VI Domingo da Palavra, no final da homilia, pode entregar-se a todos os presentes o texto da de um dos livros da Bíblia, como, por exemplo, do Evangelho segundo Lucas.

Depois de um breve momento de silêncio meditativo, um admonitor introduz:

Caríssimos, o evangelista João recorda-nos que “esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste” (Jo 17,3). Também nós queremos conhecer Deus que se revelou através da sua Palavra. Queremos, portanto, acolher a Palavra, sentindo a importância da sua leitura quotidiana, para vivermos cada vez mais unidos a Cristo Jesus. Para isso, dirijamos a Deus a nossa oração. 

Após um breve momento de oração silenciosa, o celebrante, de braços abertos, diz:

V/Pai da Luz,

nós vos louvamos e bendizemos

por todos os sinais do vosso amor.

Fizestes renascer estes vossos filhos

da água e do Espírito Santo

no seio da Igreja Mãe

e agora chamai-os a ouvir e a proclamar a Palavra que salva.

Jesus Cristo, que é a vossa Palavra feita homem

os leve ao conhecimento do mistério

escondido aos sábios e inteligentes

e revelado aos pequeninos.

Concedei-lhes que abram os seus corações

para compreender o sentido das Sagradas Escrituras.

Fazei que se tornem testemunhas vivas do Evangelho,

que lerão nestes livros.

Que Maria, Mãe da Sabedoria, interceda por eles,

Ela que foi a primeira a acolher no seu seio

o Verbo que se fez carne.

Que o vosso Espírito Santo conceda a cada um de nós

a graça de colaborar com simplicidade e alegria

no anúncio da vossa Palavra, para glória do vosso nome.

Por Cristo, nosso Senhor.

R/Ámen.

O celebrante dirige-se à mesa onde estão dispostos os textos a entregar, toma-os e distribui-os aos fiéis. Podem ser também distribuídos no final da Eucaristia pela equipa de acolhimento. Neste caso, passa de imediato para as palavras da entrega do texto bíblico. Ao entregar o texto, diz:

V/Recebei as Sagradas Escrituras, lede, anunciai e testemunhai com alegria a Palavra de Deus.

R/Ámen.

Oração Universal

V/Caríssimos irmãos e irmãs, reunidos em assembleia para celebrar os mistérios da nossa redenção, supliquemos a Deus Todo-Poderoso que, através da sua Palavra, o nosso caminho para a santidade seja renovado. Oremos, dizendo:

R/Fazei de nós, Senhor, anunciadores da vossa Palavra!

1. Pelo Santo Padre, pelos bispos e presbíteros, para que amem cada vez mais a Palavra de Deus e a partilhem com alegria às pessoas a si confiadas, através da meditação aprofundada, oremos.

2. Pelos leitores, os acólitos e os catequistas que são instituídos nestes ministérios laicais, para que, aprofundando a cada dia a Palavra de Deus, se configurem com ela e a transmitam com o testemunho da própria vida, oremos.

3. Pelos pais e mães, para que, iluminados e reforçados pela Palavra de Deus, tenham a sabedoria de guiar os próprios filhos, transmitindo-lhes a fé em Cristo, oremos.

4. Por toda a comunidade cristã que escuta a voz de Deus, que fala através da sua Palavra, para que cresça na unidade, caminhe sempre em processo de renovação e dê um autêntico testemunho do amor de Deus, oremos.

5. Por cada um de nós, para que abramos o nosso coração à Palavra de Deus e, assim, trabalhemos todos juntos a cada dia para construir a paz, oremos.

V/Escutai, Pai misericordioso, estas orações que Vos dirigimos com fé por meio do Vosso Filho, o Verbo feito carne, que vive e reina convosco, pelos séculos dos séculos.

R/Ámen.

Bênção

Segue-se a fórmula de Bênção proposta pelo Subsídio Pastoral do Dicastério para a Evangelização da Santa Sé para este VI Domingo da Palavra. 

V/Deus, que manifestou a sua verdade e caridade em Cristo, faça de vós apóstolos do Evangelho e testemunhas do seu amor no mundo.

R/Ámen.

V/O Senhor Jesus, que prometeu à sua Igreja que estaria sempre presente até ao fim dos tempos, guie os vossos passos e confirme as vossas palavras.

R/Ámen.

V/O Espírito do Senhor esteja sobre vós, para que, caminhando pelas estradas do mundo, possais evangelizar os pobres e curar os contritos de coração.

R/Ámen.

V/Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho + e Espírito Santo.

R/Ámen.

Meditação Eucarística

Na língua hebraica, o vocábulo “palavra” significa também “coisa”. Uma expressão pode ser traduzida: “Deus fez estas coisas” ou “Deus disse estas palavras”. A Palavra de Deus não existe unicamente no mundo dos conceitos abstratos. Em Deus, dizer e fazer são a mesma coisa. Esta união profunda entre palavra e ação passou para a economia sacramental da Igreja. Nos sacramentos, as palavras são sempre acompanhadas de gestos e ambos realizam o sacramento. Quando Jesus diz que a Palavra por Ele lida se cumpre “Hoje”, afirma uma propriedade intrínseca do Verbo divino. De facto, com diz o mesmo profeta Isaías, a Palavra de Deus não volta sem ter produzido o seu efeito, ser ter realizado a Sua vontade.

Durante esta semana, vamos dedicar uns minutos em cada dia a ler uma passagem da Sagrada Escritura, assumindo a atitude de docilidade, para que seja o Espírito de Deus a fazer-nos saborear este banquete abundante.