Arquidiocese de Braga -

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Seguindo a caminhada para o tempo de Advento-Natal “Passos de Esperança”, colocar-se-á, num lugar de destaque, junto da lamparina (ou a coroa com as velas de Advento e Natal), a pegada com a seguinte afirmação: «Fazer novos planos, dando um passo de cada vez».

Sugestão de cânticos

[Entrada] É natal, Cristo nasceu – A. Cartageno

[Preparação Penitencial] Kyrie, eleison – Missa “De angelis” (VIII)

[Glória] Glória a Deus nas alturas – Az. Oliveira

[Apresentação dos dons] Meia-noite dada – Harm. M. Simões

[Comunhão] O Verbo fez-Se carne – M. Silva

[Final] Cantem, cantem os anjos – M. Faria

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações da solenidade do Natal do Senhor

[Prefácio] Prefácio I do Natal do Senhor 

[Oração Eucarística] Oração Eucarística III 

[Bênção] Bênção solene para o dia de Natal 

Ministérios Litúrgicos

Porque celebramos a incarnação do Verbo de Deus, em que a Palavra se faz carne, propõe-se que se coloque uma vela acesa no ambão, à semelhança das do altar. Também durante a distribuição da comunhão, um acólito deverá acompanhar o ministro da comunhão com uma vela acesa, assinalando essa presença viva de Deus na nossa humanidade.

Evangelho para os jovens

Neste Natal do Senhor, escutamos a primeira página do Evangelho segundo S. João, o Prólogo. É um texto muito conhecido, muito lido, muito amado por toda a tradição e deixa um lastro inesquecível, uma marca inapagável, porque é um texto de uma profunda natureza poética.

Detenhamo-nos, em primeiro lugar, na palavra “verbo”. “No princípio era o verbo”. Como traduzir esta palavra? Há duas sugestões muito interessantes: uma é de uma filósofa contemporânea, de Simone Weil, que diz que deveríamos traduzir: “no princípio é a relação”. E a segunda hipótese é de um grupo brasileiro de biblistas que diz que devíamos traduzir assim: “no princípio era o desejo de falar”. Então quando ouvimos “no princípio era o verbo”, temos de pensar num dinamismo, no desejo de Deus de vir ao encontro do Homem. 

Num segundo momento, lembrar que é o próprio Deus que vem ao encontro do Homem em Jesus. Ele não é apenas filho do Homem. Ele é filho de Deus. Ele desde sempre existe junto de Deus. Mas a coisa mais extraordinária é, de facto, o que está no centro do Evangelho: o verbo, o desejo de comunicar, o desejo de relação fez-se carne e habitou entre nós e nós vimos a Sua glória. O tempo do Natal celebra a vizinhança de Deus. Deus é tangível. Nós podemos vê-lo porque Ele toma a nossa carne, toma a nossa condição, torna-se um de nós. E esta aproximação de Deus permite que cada um de nós se aproxime d’Ele com outra esperança, com outra confiança, com a certeza de que é amado.

Caminhada “Passos de Esperança”

A seguir à homilia, propõe-se que se acenda a lamparina ou a vela da coroa de Advento-Natal e se convide toda a assembleia a rezar a oração que está prevista para esta solenidade do Natal do Senhor. Para isso, a equipa de acolhimento poderá distribuir à entrada da Igreja a pagela com a pegada, onde se pode ler a oração. Durante estes dias, esta oração pode continuar a ser rezada em família e nos vários movimentos ou grupos de apostolado, ou ainda nos ambientes que cada cristão frequenta:

Senhor, nosso Deus, que visitas a nossa humanidade pelo mistério da Incarnação do Verbo eterno, no Teu Filho encontramos a verdadeira vida. Ajuda-nos a dar um passo de cada vez, confiantes em novos planos que revelam a Tua luz. Que em cada escolha possamos descobrir a vida que brota do Teu amor. Ámen.

Oração Universal

V/Irmãos e irmãs: na alegria que nos traz este Natal, elevemos ao Pai do Céu as nossas súplicas e oremos, com toda a confiança, dizendo (ou cantando), como filhos muito amados:

R/Abençoai, Senhor, o vosso povo.

Por todos os que hoje celebramos o Natal, para que Jesus, Filho de Deus e de Maria, nos dê a simplicidade dos pastores, a todos conceda a graça e paz, e nos interpele a cuidar uns dos outros, oremos. 

Pelos cristãos que ainda vivem separados, para que Jesus, que fez de nós filhos de Deus, nos dê a todos o desejo da unidade, oremos. 

Pelos descrentes e pelos que vivem nas trevas, para que Jesus, luz de Deus que veio ao mundo, seja a estrela a conduzi-los ao presépio, oremos. 

Pelas crianças que nasceram sem amor, para que Jesus, por quem o Pai nos veio falar, Se lhes revele como o seu maior amigo, oremos. 

Pelas famílias da nossa comunidade, para que Jesus, Filho de Deus, lhes dê a graça de O receberem e acreditarem no seu nome, oremos. 

1. Pelos doentes, especialmente por aqueles que estão sós, para que Jesus, o Filho amado do Pai, os conforte e console nas suas tribulações, oremos.

V/ Senhor, que nos enviastes o vosso amado Filho, para trazer ao mundo a luz do Céu, dai a todas as pessoas a certeza de que amar-Vos e acolher o Salvador é possuir desde já a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

R/ Ámen. 

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

No Natal, em muitas igrejas, se montam presépios representando o nascimento de Jesus, rodeado de cenas da vida humana do quotidiano. Jesus assume a nossa humanidade não só assumindo um corpo, mas assumindo também o quadro de qualquer vida humana. Todavia, o verdadeiro presépio das igrejas é o altar. No presépio é colocada uma imagem de Jesus, no altar, Jesus torna-se presente como esteve na manjedoura ou na cruz do Calvário. Jesus nasce em Belém, que significa “Casa do Pão”, e o corpo do Menino-Deus é colocado numa manjedoura, objeto que serve para alimentar os animais. Na Eucaristia, o altar torna-se “Casa do Pão” e o lugar onde a Igreja, rebanho do Senhor, recebe o seu Pastor, feito Pão para a vida eterna.

Sair em missão

Fazer Jesus “presente”, acolhendo no dia a dia alguém que está na “margem”, como, por exemplo, visitar algum idoso que esteja sozinho e passar algum tempo a conversar com ele…