Arquidiocese de Braga -
14 novembro 2024
Solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
“É como dizes: sou Rei”
Celebrar em comunidade
Itinerário simbólico
Arranjo de flores abundantes diante do altar e o Evangeliário bem evidenciado.
Sugestão de cânticos
[Entrada] Sobre um trono – A. Cartageno
[Preparação Penitencial] Kyrie, eleison – Greg. XVI / M. Simões
[Glória] Glória a Deus nas alturas – A. Cartageno
[Apresentação dos dons] Glória a Jesus Cristo – Az. Oliveira
[Comunhão] O Senhor está sentado – C. Silva
[Final] Cristo vence, Cristo reina – A. Kunc
Eucologia
[Orações presidenciais] Orações próprias da solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
[Prefácio] Prefácio próprio da solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
[Oração Eucarística] Oração Eucarística III
[Bênção] Bênção solene para o Tempo Comum III
Catequese Mistagógica
Hino “Glória a Deus nas alturas”
Depois de proclamarmos a alegria de estarmos reunidos em comum-unidade, pomo-nos olhos nos olhos com Jesus para reconhecer que ainda não somos o que ele nos chama a ser: colocamos na palma das nossas mãos o nosso pecado. Deus sonhou-nos e criou-nos à Sua imagem e semelhança, Ele que é Amor. O Perdão de Deus é uma recriação operada por Deus em nós pelas mãos do Espírito Santo e da Sua Palavra, do que em nós foi desfigurado pelo pecado. O Perdão de Deus não é uma declaração de cessar-fogo entre Deus e nós, mas é acção de Deus em nós do que o nosso pecado vai descriando. Ora, do encontro entre a miséria humana e a misericórdia divina toma vida a gratidão expressa no hino Glória a Deus nas alturas por nos descobrimos como Criação de Deus sonhada para se construir à Sua imagem e semelhança no amor.
Neste hino se congregam o mistério da Incarnação (tendo em conta a sua génese literária) e o da Redenção (tendo em conta o seu teor). Tendo em conta a sua grandiosidade, como o executar na Liturgia? Segundo o número 53 da IGMR, “o Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro. É começado pelo sacerdote ou, se for oportuno, por um cantor, ou pela schola, e é cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo alternando com a schola, ou só pela schola. Se não é cantado, é recitado ou por todos em conjunto ou por dois coros alternadamente. Canta-se ou recita-se nos domingos fora do Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes”.
Saudação inicial
Após os ritos iniciais, sugere-se a seguinte admonição:
A Igreja celebra hoje a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Por isso, é tempo de reconhecer que “por Cristo, com Cristo e em Cristo” todas as coisas foram criadas e apenas através da voz de Cristo poderemos chegar ao conhecimento da verdade plena. Mas, nesta solene jornada, assinala-se também o Dia Mundial da Juventude. Na mensagem para este dia, o Papa Francisco exorta os jovens a passarem “de turistas a peregrinos”, uma vez que todos estamos a fazer caminho em conjunto, atravessando as feridas da guerra, das injustiças, da fome, da exploração de pessoas, da violência, que marcam a humanidade do nosso tempo. Por isso, olhemos para a Cruz e deixemo-nos consolar pela salvação que Deus derrama sobre nós e que aqui, todos juntos, celebramos com esperança.
Evangelho para os jovens
Não deixa de ser um paradoxo que, no dia em que celebramos Cristo Rei, o ambiente em que se situa o Evangelho que proclamamos hoje seja o da flagelação, coroação de espinhos, condenação e crucifixão de Jesus. Que rei se celebra deste modo?! Onde está o seu exército?! Onde estão os seus instrumentos de guerra, que apareçam de uma vez e matem aquela gente toda?! Onde está o seu poder que nem sequer é capaz de os calar?! Que rei é este que tem o seu trono numa cruz?
Jesus é Rei do Universo quando o Amor reinar em todos os recantos da terra, quando todos forem testemunhas da verdade, quando em todos os ambientes a Igreja se tornar mesa de hospitalidade. A começar pelos jovens, todos somos chamados a ser artífices e empreendedores do Reino de Deus em pessoa que é Jesus Cristo, que reina da Cruz.
Oração Universal
V/ Irmãs e irmãos: oremos pelos jovens e pelos mais pobres deste mundo, que têm um lugar privilegiado no coração do Pai, e invoquemo-1'O, por Cristo, Rei do Universo, dizendo:
R/ Senhor, venha a nós o vosso reino.
- Pelo Papa Francisco, pelos bispos, presbíteros e diáconos, que imitam o Bom Pastor e orientam bem os fiéis para o seu Reino, oremos.
- Pelos governantes de todos os povos, que se deixam guiar por Deus na luta sem tréguas contra a injustiça, a miséria e a pobreza, oremos.
- Pelos homens e mulheres desiludidos pelas dificuldades da vida e pelos que andam sem rumo e sem esperança, mas que buscam a força em Cristo, Bom Pastor, e nele desejam alcançar a felicidade plena, oremos.
- Pelos cristãos presentes na nossa assembleia dominical e pelos que encontram no Senhor o consolo do seu amor e um caminho para a sua vocação, oremos.
V/ Senhor, nosso Deus, que nos enviastes o vosso Filho, para salvar toda a humanidade, dai-nos a graça de O reconhecer nos nossos ritmos quotidianos. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
R/ Ámen.
Momento pós-comunhão
No momento pós-comunhão, dois jovens poderiam fazer a seguinte oração:
Senhor Jesus, a Tua Igreja dirige o olhar a todos os jovens do mundo.
Pedimos-Te que, com coragem, assumam a própria vida,
olhem para as realidades mais bonitas e mais profundas
e conservem sempre um coração livre.
Acompanhados por guias sábios e generosos,
ajuda-os a responder ao chamamento que Tu diriges a cada um deles,
para realizar o próprio projeto de vida e alcançar a felicidade.
Mantém aberto o seu coração aos grandes sonhos,
tornando-os atentos ao bem dos irmãos.
Como o Discípulo amado,
também eles permaneçam ao pé da Cruz para acolher a Tua Mãe,
recebendo-a como um dom de Ti.
Sejam testemunhas da Tua Ressurreição
e saibam reconhecer-Te vivo ao lado deles
anunciando com alegria que Tu és o Senhor.
Ámen.
(Adaptação de: Oração do Papa Francisco pelos Jovens, 2017).
Encontrar o Pão na Palavra
Meditação Eucarística
O Ano Litúrgico termina aclamando Jesus Cristo, Rei sentado num trono de glória e de luz. Desde sempre, uma das funções principais do rei era a de prover à alimentação do seu povo. O rei devia assegurar que nada faltasse aos seus súbditos, em especial em tempos de fome. Vemos este papel do rei em particular na história de José e do Faraó. Na Eucaristia, Jesus manifesta de forma eloquente a sua realeza, alimentando o seu povo como já o prenunciara na Multiplicação dos Pães. Todavia, Jesus não alimenta o seu povo com um alimento exterior, mas dando-se a si próprio como alimento. Por isso, cabe-nos a nós oferecer-lhe um trono nobre e digno, na nossa boca, nas nossas mãos, mas, sobretudo, no mais íntimo do nosso coração.
Sair em missão
Dar uma palavra de conforto e de esperança no futuro, a alguém que possa estar desanimado ou
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Pão na Palavra
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