Arquidiocese de Braga -

Semear a Palavra

“O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra”

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Arranjo com vaso contendo sementes.

Sugestão de cânticos

[Entrada] Povo de reis – L. Deiss

[Apresentação dos dons] Deixamos, aqui, Senhor – A. Cartageno

[Comunhão] Jesus, Tu és semente – A. Cartageno

[Final] Diz o Senhor: ide e ensinai – A. Cartageno

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações do Domingo XI do Tempo Comum

[Prefácio] Prefácio dos Domingos do Tempo Comum VI  

[Oração Eucarística] Oração Eucarística III

Silêncio

Na Missa, o silêncio pode ajudar muito a qualidade da celebração, pelo que deve ser abundante e valorizado: depois de escutar as leituras bíblicas e a homilia, entre o convite «oremos» e a oração presidencial; no momento do ofertório, enquanto se prepara o altar; na preparação imediata da Comunhão, tanto por parte do sacerdote como da comunidade; depois da Comunhão, aprofundando o mistério recebido. 

Em cada uma destas ocasiões, a finalidade do silêncio pode ser diferente: com o silêncio, os fiéis «concentram-se em si mesmos», «refletem sobre o que ouviram», «louvam e dão graças a Deus no seu coração e oram», «a fim de tomarem consciência de que se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções» (cf. IGMR 45 e 54).

Catequese Mistagógica

Silêncio na celebração

O silêncio é parte integrante da oração e da celebração litúrgica (cf. SC 30). «Por meio deste silêncio, os fiéis não se veem reduzidos a assistir à ação litúrgica como espectadores mudos e estranhos, mas são associados mais intimamente ao Mistério que se celebra, graças àquela disposição interior que nasce da Palavra de Deus escutada» (MS 17).

A finalidade deste silêncio «visa obter a plena ressonância da voz do Espírito Santo nos corações e unir mais estreitamente a oração pessoal à Palavra de Deus e à oração oficial da Igreja» (IGLH 202). O silêncio não é só privação de ruído ou de palavras. Não é passividade, nem indiferença ou ausência. É presença, acolhimento, atenção, reflexão, ressonância, assimilação, personalização do que se celebra, interiorização do mistério, espaço de liberdade, para que atue o Espírito. É a partir do silêncio que se pode escutar. Do silêncio brotam as melhores palavras e a verdade dos gestos. 

Evangelho para os jovens

Adormece na terra / Aparece depois um fiozinho de erva/ Nasce e cresce / Uma flor floresce / Um fruto amadurece / Um pássaro desce / E reza e canta e dança e debica e agradece / Ao Senhor da messe. // Senhor Jesus, / Dá-me um coração puro e transparente / Como uma nascente, / Como uma semente, / E ensina-me a ser simples e leve / Como aquele pássaro que do céu desce, / Reza, canta, come e agradece.

Dom António Couto

Oração Universal

V/ Irmãos e irmãs: ao nosso Deus que, por onde passa, faz brotar a abundância, nós confiamos as preces do seu Povo, dizendo: 

R/ Ouvi-nos, Senhor!

1. Pela Igreja de Jesus Cristo: para que seja como árvore frondosa, onde todos os filhos de Deus se abrigam, na procura do amor e da paz. Oremos, irmãos.

2. Por todos os que governam os povos: para que saibam valorizar os pequenos e os humildes da terra. Oremos, irmãos.

3. Por todos os educadores cristãos: para que reassumam a confiança no seu ministério e aprendam a semear com confiança, na vitalidade da semente e na bondade do terreno. Oremos, irmãos.

4. Pelos frutos do Quinto Congresso Eucarístico Nacional: para que a centralidade da Eucaristia seja uma realidade na vida dos cristãos, comprometendo-se com uma participação ministerial mais efetiva. Oremos, irmãos.

5. Por todos nós: para que saibamos esperar com paciência e confiar com serenidade, no crescimento das sementes do Reino de Deus. Oremos, irmãos.

R/Pai de misericórdia, que enviastes o vosso Filho a semear a Palavra no coração da humanidade, fazei que ela germine e dê muito fruto. Por Cristo, nosso Senhor.

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

O Reino de Deus é comparado a uma semente que germina, cresce, produz a planta e depois a espiga para a ceifa e a colheita. Todavia, este processo de crescimento do Reino de Deus culmina naturalmente na fabricação do Pão para a refeição que ele pressupõe. Por isso, podemos dizer que o Reino de Deus e a sua construção é tudo aquilo que leva à partilha do Pão que inicia com o lançamento da semente à terra. A Boa Nova é anunciada aos pobres, porque ninguém será privado do alimento eucarístico. A Igreja, comunidade eucarística, continua, até ao fim dos tempos, lançando a semente à terra para que, crescendo, novo Pão seja levado ao altar, fruto da terra e do trabalho do homem, e que, para nós, se tornará Pão da vida eterna.

Sair em missão

Como semente do Reino de Deus a germinar, tornamo-nos próximos daqueles que, porventura, precisam de coragem e esperança. Como fruto do Congresso Eucarístico, somos chamados a ser “Igreja Eucarística”, alimentando a esperança daqueles que a perderam pela partilha do Pão da Palavra, da Eucaristia e da caridade.