Arquidiocese de Braga -

11 fevereiro 2020

“Como me sinto chamado a ser Semeador de Esperança?”

Fotografia

Vila Nova de Famalicão

"Ser educadora de infância é influenciar o futuro."

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“Levantar-se e semear esperança” é assim que me sinto como educadora de creche. Profissão que não é valorizada quando exercida com crianças entre 4 meses e os 3 anos. Sem termos grande explicação para este facto por parte das entidades competentes, temos mesmo que gostar e ter uma grande esperança que vamos fazer a diferença na vida e na personalidade de cada criança que se cruza no nosso caminho para continuarmos a dar tudo de nós em prol de uma causa maior – as crianças.

Apoiar os pais, é também tarefa nossa. Deixar seres tão pequeninos a pessoas desconhecidas não é fácil, por isso, temos que transmitir segurança, tranquilidade e esperança que amanhã vai custar menos a separação.

Esta é sem dúvida a fase mais importante da vida de um ser humano. É nesta idade que se forma a personalidade e se adquire autonomia em vários níveis (alimentação, controle dos esfíncteres, deixam a chupeta, entre outras coisas). Tarefa nem sempre fácil, mas sempre atingida com sucesso. A realidade é que as crianças passam mais tempo com os profissionais de educação que com os pais. E cabe-nos a nós, muitas vezes, iniciarmos processos difíceis de desapego e conforto, como é o caso do desmame da chupeta.

O que de melhor tem esta profissão é vermos a evolução de cada criança, a cada dia que passa, é termos um abraço, é termos um beijinho cheio de ranhocas, é termos um pai a dizer-nos “Obrigada por tudo”, é termos um “gosto de ti” dos nossos pequenotes, e acima de tudo, é vermos no ser humano que se tornaram aqueles que por nós passaram.

Ser educadora de infância é influenciar o futuro.

Educadora Mónica

Centro Social Paroquial de Avidos