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Departamento da Pastoral Universitária | 7 Jul 2020
Narrativas de Jovens Universitários Estrangeiros
Rosana Tavares | Economia (UMinho)
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A minha jornada em Portugal iniciou antes mesmo de chegar a este país. Lembro-me como se fosse hoje: viver a minha vida em Cabo Verde e pensar em realizar o grande sonho de viajar e estudar no estrangeiro. Mesmo assim, no meio de tanto medo, por causa das várias tentativas recusadas pela burocracia e do tempo de espera para saber uma resposta, a palavra desistir nunca passou pela minha cabeça. Havia sempre aquela pequena esperança de que, mais dia ou menos dia, ia ter uma boa resposta. 

Numa manhã de domingo, acordei com a sensação de que o meu sonho estava cada vez mais próximo de se realizar e, por coincidência, no dia seguinte obtive a resposta de que o meu pedido de concessão de visto foi aceite. Não tenho palavras para explicar o que senti naquele momento. Era um misto de alegria e tristeza. Por um lado, ia estudar para o estrangeiro, o desejo de todo o jovem cabo-verdiano, por outro, ia ficar longe dos meus familiares e amigos. Tive praticamente um dia e meio para preparar tudo. E digo que foi pouco, porque nem tempo tive de me despedir dos amigos, colegas, e todos aqueles que me conheciam, à parte da minha família. Quando cheguei cá, apesar das leituras que tinha feito, das fotos que tinha visto e das experiências que ouvi, não conhecia praticamente nada e isso deixou-me um pouco assustada com quase tudo. A minha maior sorte foi ter cá pessoas que me auxiliaram nesse período de adaptação. Tinha um teto sob a minha cabeça e pessoas que estariam sempre comigo, que me orientariam. O mais difícil foi adaptar-me ao clima (Braga é uma cidade muito fria no inverno!), estabelecer amizades com os meus colegas da universidade e acompanhar as matérias. Tive a oportunidade de entrar na praxe, mesmo chegando dois meses depois do início da mesma, e isso aproximou-me um pouco mais dos meus colegas de turma, o que me fez também aproveitar ao máximo os eventos académicos.

Para além disso, tive ainda a felicidade de conhecer a Pastoral Universitária de Braga. Em apenas pouco tempo, o Centro Pastoral Universitário tornou-se a minha segunda casa, onde conheci várias pessoas que me são muito queridas. Lá, reencontrei também algumas que conheci em Cabo Verde, jovens do Projeto Sementes, que fizeram missão na minha comunidade. Que coincidência mais bela! Algo que contribuiu ainda mais para a minha boa adaptação foi participar nas várias atividades dinamizadas pela Pastoral Universitária de Braga, como as caminhadas pelos mais bonitos trilhos deste país, e a relação de amizade que estabeleci com alguns dos residentes desta casa. 

De Cabo Verde, restam agora saudades dos amigos, dos familiares e daquela boa rotina. Para os meus pais há sempre aquela preocupação em saber se está tudo bem por aqui e se me falta algo. Mas, ao mesmo tempo, eles sentem que estou segura, pois sabem que há pessoas aqui que nunca me irão deixar sozinha. Talvez, o que me enche mais o coração, é saber o orgulho que os meus pais sentem pelas aprendizagens que estou a adquirir e pela mulher em que me estou a tornar. Que mais posso pedir eu a Deus? Só tenho a agradecer pelas oportunidades que Ele me tem proporcionado.

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