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5 Jun 2005
Caminhar rumo à felicidade
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Em tempos de soturnidade e inquietação económicas, parece me de todo pertinente a adopção de medidas pela família no sentido de contrariar esse acentuado negrume psicológico, que advém da real e significativa perda do poder de compra pela grande maioria dos nossos agregados familiares. Nesta conjuntura indiscutivelmente desfavorável, convém encontrar, por exemplo, soluções saudáveis e económicas, com exequibilidade pela sua própria simplicidade, relativamente aos tempos livres das famílias. Ora uma possibilidade que parece angariar, muito justamente, cada vez mais adeptos é a gratuita caminhada, acessível a (quase) todos, e indubitavelmente revestida de notáveis benefícios em termos de saúde física e psicológica. De facto, são por demais conhecidos e divulgados os efeitos positivos que uma caminhada pode exercer quanto à melhoria das condições de saúde de cada um de nós, o mesmo acontecendo com o bem estar mental, resultante desse hábito ancestral hoje em franca reabilitação. Obviamente que as caminhadas de outrora se revestiam de um carácter e intuito mais religiosos e, como tal, eram denominadas peregrinações. Hoje, felizmente, as peregrinações congregam cada vez mais crentes e a prova dessa manifestação de fé e de compromisso e fervorosa fidelidade à tradição tem lugar precisamente neste domingo, na peregrinação arquidiocesana ao Santuário de Nossa Senhora do Sameiro. Incorreria em gravosa falta se não mencionasse que caminhar era indissociável do quotidiano das nossas gerações anteriores que, para se deslocarem, por exemplo, para a sua actividade profissional se socorriam desse meio à falta dos meios de transporte de que hoje dispomos. Daqui se compreende que, ainda hoje, uma determinada geração, investida de mais experiência de vida, se mostre um tanto ou quanto reticente em relação às caminhadas de fruição e de lazer, visto que a elas associam memórias descalças e penosas de esforço obrigatório. Não é preciso muito para concluir que caminhar nos permite recuperar o contacto com a revitalizante natureza e connosco, com a nossa interioridade, com os outros que eventualmente nos acompanham, favorecendo o diálogo e a partilha. A caminhada pode converter se inclusivamente num momento propício à meditação e ao estreitamento relacional e aproximação com Deus, numa sociedade marcada pela estonteante centrifugacidade, decorrente da terrível concepção de tempo em que nos inscrevemos, mormente a nível profissional. Neste contexto social enunciado, a adopção deste como que sucedâneo das já referidas peregrinações, afigura se me importante para promover o diálogo e aproximação dos elementos das nossas famílias. Muito empiricamente, podemos observar que, após uma caminhada, a pessoa encontra se mais solta, descontraída, tendo libertado tensões e recuperado a boa disposição. Não é difícil inferir que as suas capacidades de tolerância e de compreensão sofrem alterações pela positiva, o que favorece necessariamente o convívio, para o que nos importa, em família. Caminhar pode permitir relativizar situações complicadas, ajudar a analisar mais objectivamente problemas aparentemente sem solução, exponenciando e agilizando as nossas potencialidades para os resolvermos. Para além de tudo, caminhar pode igualmente aumentar a nossa auto estima, no sentido da aceitação e relativização das nossas limitações, traduzíveis num melhor entendimento connosco e com os outros. Mediante o exposto, fica o convite a uma caminhada em família, tendo em vista a coesão da mesma, porque a nossa sociedade precisa de famílias saudáveis e nós queremos, sem dúvida alguma, viver numa delas. Helena Guimarães Departamento da Pastoral Familiar da Arquidiocese de Braga
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