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No dia 20 Maio de 1498, Vasco da Gama chegava a Calecute, na Índia, depois de uma aventura profundamente pensada mas que comportou vários riscos. Hoje, celebrando o dia da Marinha, queremos recordar este evento histórico, permitindo que deixe interpelações à Marinha e à alma portuguesa.
Ao interpretar os factos históricos, podemos encará-los como mera recordação ou perspectivando um futuro através de compromissos com o momento presente. Fixar os olhos naquilo que foi, sem colocar em questão o hoje, pode redundar no mero e estéril exercício da curiosidade. Não queremos que as comemorações se repitam anualmente sem incidirem no concreto. É necessária vitalidade e novos horizontes para a Marinha Portuguesa e para quantos participam nas celebrações. Este ano encontramo-nos numa aldeia piscatória onde o mar entrou no coração das pessoas. Neste mar aconteceram coisas maravilhosas mas, ao mesmo tempo, ele deu-nos recordações trágicas de mortes que todos gostariam de ver evitadas.
O mundo não pode ser um arquipélago isolado sem possibilidade de acesso. Estamos vocacionados para a universalidade, o que implica abater os muros da indiferença e do desencontro. Os navios e os barcos, grandes ou pequenos, chegam a todas as partes e unem culturas e povos. É esta nova cultura do encontro que teremos de construir, no mar e fora dele, para acabarmos com fundamentalismos e terrorismos e cantarmos o hino da fraternidade e da unidade entre todos os povos. Não é fácil! Se os portugueses partiram do Tejo para mundos desconhecidos, unindo continentes e estabelecendo relações com novos povos, esta é a paixão que devemos emprestar a todos os aspectos da vida e acreditar que um mundo melhor é possível.
Neste dia da Marinha, quis fazer memória do passado maravilhoso da nossa história para deixar o desafio de que importa, cada um no seu lugar, interpretar o presente com paixão para que o futuro seja de esperança para todos. Para os crentes, e aqui deveremos ser a maioria, sabemos que navegar no mar agitado da vida nunca é problema sério. Deus nunca nos deixará órfãos. Há sempre um pai que caminha connosco e que nos diz que podemos e devemos acreditar no seu amor para o vivermos entre nós com alegria e responsabilidade.
† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz
Pode descarregar abaixo o PDF da homilia na íntegra.
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